A táctica usada pelo 1º de Agosto no primeiro confronto da série deixou clara, que a turma do treinador brasileiro José Neto possui alguns pontos fracos, apesar de ser a mais regular nos últimos dois anos. A jogar na condição de anfitrião, os agostinos perseguem o título que escapa desde 2019.
Os petrolíferos almejam a revalidação e a conquista do terceiro ceptro consecutivo e fazer o pleno na presente época.
Com a série empatada, as duas equipas mais tituladas na prova sob a égide da Federação Angolana de Basquetebol vão brindar os amantes da bola ao cesto com bons momentos, nos quais os triplos, dribles e afundanços farão vibrar os adeptos.
Após uma exibição apática no jogo de sexta-feira, o técnico do 1º de Agosto, Lazare Adingono, já identificou os aspectos que não estiveram bem e prometeu melhorar a defesa e o ataque. "Trabalho" é a palavra que norteia os discursos do técnico camaronês.
Do lado contrário, o campeão nacional conseguiu tirar as melhores ilações da derrota sofrida e reapareceu com uma mentalidade diferente e a matriz de jogo que lhe é característica: sem dar muito espaço de manobra ao arqui-rival.
Raúl Duarte, adjunto de José Neto no comando dos petrolíferos, deixou claro que o campeão nacional vai aparecer no melhor da sua força, capaz de fazer a leitura do sistema táctico e com um jogo mais voltado para a colectividade, em que todos defendem com garras e dentes.
O Petro está compenetrado e espera levar a vitória a seu porto; é capaz de aniquilar as principais armas do 1º de Agosto mais destacados como o extremo Milton Valente e o base norte-americano Nicol Clareth, sem qualquer desprezo aos demais atletas do plantel militar.
Apesar de Raúl Duarte destacar a postura defensiva, a principal arma dos petrolíferos é, sem sombra de dúvida, o jogo exterior, no qual Carlos Morais, Childe Dundão e Gerson Lukeny têm sido o abono da família.
Tratando-se de um clássico, independentemente do momento que cada uma das equipas atravessa, espera-se por uma partida equilibrada.
Para bem do espectáculo, espera-se que os árbitros nomeados estejam à altura do clássico dos clássicos e que tomem as decisões mais acertadas. Nas duas primeiras partidas, a actuação dos homens do apito mereceu a contestação do público e das equipas técnicas.
Declarações
Trabalhar para anular os propósitos do Petro de Luanda é a palavra de ordem no balneário do 1º de Agosto, de acordo com o treinador Lazare Adingono, para o terceiro desafio do play-off da final do Unitel Basket, hoje, às 18h30, no Pavilhão Principal da Cidadela.
Os rubro e negros analisaram os indicadores do último jogo e tentarão travar os petrolíferos, sobretudo, no jogo exterior, cuja percentagem possam desequilibrar.
"Ofensivamente, temos de produzir mais, de trabalhar voltados para esse item, em particular. Transições rápidas e boa recuperação defensiva. Retemperámos as energias e encontrámos mecanismos para vencer o terceiro jogo. Só nos restou trabalhar", disse.
Apesar de não ter feito referência directa à actuação dos árbitros, o timoneiro militar deixou a mensagem nas entrelinhas e espera não haver interferência externa durante o jogo.
Duarte garante a prontidão e reafirmou o desejo de conquistar a 45ª edição do "nacional da bola ao cesto", de modo a garantir a presença na 4ª edição da Basketball Africa League (BAL).
"Para o terceiro jogo, queremos jogar focados, consistente na defesa e no ressalto defensivo, mais organizados colectivamente com a circulação de bola como é a nossa característica".