Transferência ao Mayé-Mayé é apenas processo provisório


A transferência dos moradores do Lote 1, no bairro Prenda, município de Luanda, para o bairro Mayé-Mayé, em Cacuaco, faz parte de um plano provisório, garantiu, ontem, a administradora municipal adjunta para a Área Social de Luanda.

Alcrésia Cavala afirmou que a Administração Municipal está a desenvolver um programa de alojamento provisório das famílias em casas onde há uma certa dignidade, luz, água e espaço.

Em entrevista à Rádio Luanda, a administradora adjunta referiu que foi identificada uma solução pontual com condições sociais, ao invés de evitar que os moradores do Lote 1 fiquem acolhidas em casas de familiares, enquanto se aguarda por outras conclusões das instituições.

Alcrésia Cavala reagiu ao facto de os moradores do referido edifício não aceitarem a transferência para o Mayé-Mayé, numa altura em que o processo tem sido feito com base no diálogo permanente com a Comissão de Moradores.

A administradora adjunta avançou que a questão do Lote do Prenda não é um caso isolado, uma vez existirem outras situações que precisam, igualmente, respostas pontuais.

Por isso, disse que as autoridades têm estado a apelar ao bom senso e a compreensão dos moradores para aceitarem as actuais soluções disponíveis, até que o Estado encontre outras alternativas

Enquanto isso, os habitantes do edifício Lote 1 negam-se a ir para o Mayé-Mayé, por alegarem falta de condições sociais, como explicou o porta-voz da Comissão de Moradores.

Licínio Fortes avançou que era necessário que se criassem as melhores condições, para facilitar o processo de adaptação dos moradores do Prenda à nova zona habitacional.

O porta-voz salientou que uma equipa da Comissão de Moradores esteve no Mayé-Mayé e constatou que o projecto habitacional não oferece condições de assistência de saúde, mobilidade, saneamento e segurança.

"Estamos há quase um mês fora do edifício, daí propormos que o Estado, como pessoa de bem, arranje um espaço melhor, onde tenhamos melhores condições sociais", disse, para realçar que a Comissão de Moradores não está a impor.

O porta-voz informou que os moradores tencionam esgotar todas as possibilidades na tentativa de o Governo Provincial de Luanda reunir-se com os moradores e ouvir as suas verdadeiras preocupações.

Licínio Fortes avançou que os moradores fizeram uma exposição para os ministros de Estado para a Área Social e da Casa Civil do Presidente da República, da Construção e Urbanismo e ao Governo Provincial, aguardando resposta sobre a missiva. Enquanto esperam pela solução das inquietações apresentadas, ontem, os moradores deram início a uma vigília para protestar contra ao que chamam de "morosidade na transferência” noutro local que não seja o Mayé-Mayé.

Fonte: Jornal de Angola

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