Sarina Bolden já tinha o seu lugar assegurado na história das Filipinas. Foi dela o golo que garantiu a qualificação do país para o primeiro Campeonato do Mundo Feminino da FIFA. Nada disso impediu a jogadora de saltar o mais alto possível, ainda assim, quando Sara Eggesvik pegou sobra na direita e cruzou para dentro da área.
A cabeçada certeira de Bolden foi parar no fundo das redes e garantiu a vitória por 1-0 sobre a Nova Zelândia, ontem, em Wellington. Foi o primeiro golo das Filipinas na história da competição.
Nascida nos Estados Unidos, Bolden já gozava de grande popularidade no país, com direito, inclusive, a uma música própria ao ritmo de 'Can't take my eyes off you' (não posso tirar meus olhos de você). Agora, claro, outras homenagens com certeza virão.
Depois de surpreender na estreia com vitória sobre a Noruega, a Nova Zelândia entrou em campo apostando nos lançamentos para a sua artilheira, Hanna Wilkinson, porém, sem a mesma eficácia. As Filipinas, por outro lado, levavam sempre perigo e abriram o placar com Bolden aos 24 minutos.
Na volta do intervalo, as neozelandesas aumentaram a pressão e viram a atacante Jacqui Hand primeiro acertar à trave e posteriormente, em outro lance, balançar as redes. O golo, no entanto, foi anulado por impedimento de Wilkinson, que havia feito a assistência.Nos descontos, a guarda-redes Olivia McDaniel ainda fez defesa monumental para segurar o resultado.
As Filipinas agora decidem o seu futuro na última jornada, com a Noruega, no próximo domingo. No mesmo dia, a Nova Zelândia faz o jogo de sua vida diante da Suíça.
Colômbia
A selecção colombiana chegou ao Campeonato do Mundo Feminino da FIFA confirmando as altas expectativas em torno de seu futebol. As vice-campeãs sul-americanas foram superiores às sul-coreanas na estreia pelo Grupo H, em Sydney, com vitória por 2-0, resultado construído no primeiro tempo.
A veterana Catalina Usme abriu a contagem de penálti. Mas quem levantou os adeptos, mesmo, foi a jovem estrela da companhia, Linda Caicedo. Aos 18 anos, marcou aquele que deve ser só o primeiro golo de muitos na história da competição.
Isso, claro, quando nos referimos só ao evento principal - afinal, se falarmos também da base, a jogadora do Real Madrid já havia deixado sua marca nos Mundiais Sub-17 e Sub-20. Estamos diante de um fenómeno.
Mas não é que a selecção colombiana dependa apenas das arrancadas e dribles de sua caçula. A equipa tem forte conjunto, entrosado, que se defende bem sem perder o ímpeto ofensivo. As coreanas viram isso de perto: só conseguiram arriscar cinco remates para o golo durante os 90 minutos, enquanto, do outro lado, a Colômbia teve 17 finalizações.
Após somar apenas a segunda vitória na história dos Mundiais femininos, a Colômbia agora se iguala à Alemanha com três pontos, embora as vice-campeãs europeias levem a melhor no desempate, depois da goleada por 6-0 sobre Marrocos, a maior do torneio. Nota ainda para a entrada de Casey Phair, aos 78 minutos. Aos 16 anos e 26 dias, a filha de mãe sul-coreana e pai norte-americano, tornou-se a mais jovem a jogar num Mundial feminino.Com a vitória de ontem, a Colômbia subiu ao segundo lugar do grupo, com os mesmos três pontos da Alemanha, enquanto Marrocos e Coreia do Sul continuam sem pontuar.
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