Os militares franceses vão realizar exercícios militares em grande escala, o primeiro em anos a decorrer dentro do território francês, segundo avançou o portal Defense News.
Os exercícios focaram simulações em operações multidomínio para preparar as tropas para um cenário realista de guerra.
O treinamento, que conta com a participação de países aliados, incluindo os EUA, a Bélgica, o Reino Unido, a Alemanha, Grécia e Espanha, se concentra em torno de uma narrativa fictícia para restaurar a segurança no estado de Arnland, e envolve quatro fases diferentes.
A fase final das manobras envolverá 12.000 soldados no terreno, incluindo 1.700 efetivos de 14 nações aliadas, disse o coronel Pierre Gaudillière, porta-voz do chefe de Estado-Maior da Defesa Francesa.
O exercício contará ainda com a participação de cerca de 2.600 veículos militares, 60 aeronaves e 30 navios, incluindo o porta-aviões da França Charles de Gaulle e dois porta-helicópteros anfíbios, além de 100 sistemas aéreos não tripulados de todos os tipos, entre os quais dois drones MQ-9 Reaper e 20 sensores espaciais.
Os oficiais franceses esperam que o Orion se torne um exercício trienal, com a edição seguinte a ocorrer em 2026, após dois anos de planeamentos, acrescentou.
A fase um, realizada ao longo de 2021 e 2022, foi a fase de esquematização, explicou Gaudillière.
A fase dois, que decorreu de Fevereiro a Março de 2023, envolveu um destacamento rápido de 7.000 militares que treinou todos os domínios: terrestre, marítimo, aéreo, espacial, cibernético, eletromagnético e informacional.
A fase três, que aconteceu no início deste mês, consistiu em um exercício teórico entre agências para reflectir um cenário de "gestão de crises político-militares”.
Finalmente, a fase quatro, que começará amanhã e que se estenderá até Maio, incluirá unidades francesas e internacionais, até o nível de divisão, para representar um posicionamento de coligação sob mandato da ONU e da OTAN.
O general Thierry Burkhard, chefe de Estado-Maior da Defesa Francesa, ordenou o desenvolvimento deste exercício há vários anos, disse Gaudillière durante uma conferência de imprensa virtual realizada na quinta-feira (13).