O governador de Luanda, Manuel Homem, exortou, sábado, a nova geração de angolanos a evitar o uso da força física, verbal e psicológica para se impor à vontade de quem quer que seja, nacional ou estrangeiro, dentro e fora do país.
O jovem da actualidade, referiu Manuel Homem, não se deve deixar manipular por "ideias disfarçadas em boas intenções” que podem causar danos a si e a uma nação inteira.
De acordo com o governador de Luanda, a juventude, mais do que nunca, é chamada a assumir o compromisso de preservar a paz e a reconciliação, a democracia, o diálogo, bem como aceitar a convivência na diversidade.
Na visão do governador de Luanda, a juventude que Angola precisa é a que está comprometida com a Pátria, cujos objectivos recaem na consolidação de uma sociedade cada vez mais moderna, inclusiva e próspera economicamente.
Manuel Homem fez recordar aos jovens presentes na marcha que o alcance da paz, em 2002, proporcionou aos angolanos uma nova fase, carregada de esperança, harmonia, solidariedade e, acima de tudo, crescimento económico e social de Angola.
O mês de Abril, dedicado à juventude angolana, sublinhou Manuel Homem, deve servir de modelo para a nova geração, partindo de que os interesses da Nação devem estar acima do pessoal ou de um determinado grupo.
A juventude angolana, frisou o governador de Luanda, teve uma participação activa na conquista da paz. Por isso, seguiu, deve continuar nesse mesmo caminho, onde a perseverança e o patriotismo devem ser assumidos com comprometimento com a Nação.
Organizada pela JMPLA, a marcha da juventude de apoio à paz e à reconciliação nacional juntou membros do Bureau Político do MPLA, do Comité Central, membros do Executivo, da sociedade civil, religiosos e autoridades tradicionais da província de Luanda.
Lunda-Sul
Centenas de jovens de vários extractos sociais da província da Lunda-Sul percorreram, ontem, várias artérias da cidade de Saurimo, numa marcha pelos 21 anos de paz e reconciliação promovida pelo secretariado provincial da Lunda-Sul da JMPLA.
Neste exercício patriótico, os participantes, encabeçados pelo primeiro secretário do MPLA na província, Daniel Neto, percorreram cerca quatro quilómetros, que culminaram no Largo 1º de Maio onde presidiu um acto.
O mandatário do partido enalteceu o empenho da juventude na luta pela conquista da paz, que "uniu irmãos desavindos durante o conflito armado”.
Huambo
O primeiro secretário provincial do Huambo da JMPLA, José Tombo, disse, ontem, que o mês de Abril é um marco importante, onde todos os jovens, independentemente da sua filiação partidária, devem lembrar o heroísmo do patrono da sua organização juvenil, o comandante José Mendes de Carvalho "Hoji-Ya-Henda.
O dirigente juvenil fez estas declarações no decurso da marcha de apoio à paz, realizada nesta cidade e que juntou milhares de pessoas com o ponto de partida na antiga Feira de Nova Lisboa, bairro do Santo António, culminando defronte à sede provincial do MPLA, na cidade Baixa.
"A juventude deu mais um voto de confiança ao MPLA e ao camarada Presidente João Lourenço nas Eleições-Gerais de 24 de Agosto de 2022 porque nunca poupou esforços na busca de melhores vias para a resolução dos inúmeros problemas com que as populações se debatem” afirmou.
Os jovens são os fiscais de todos os projectos constantes do programa de governação e assegurar a sua materialização, por isso, não devem aceitar as mentiras daqueles que procuram minimizar as grandes realizações que o país está a trilhar, para tirar proveito da situação alheia ao MPLA. "O povo está de olhos abertos e não aceitará as falsas promessas de um Governo que nunca existiu”.
José Tombo reafirmou que a JMPLA no Huambo vai continuar a apoiar a manutenção da paz, promovendo o amor à pátria, solidariedade, justiça social, participando nas acções do desenvolvimento sócio-económico da província e do país.
A primeira secretária do MPLA no Huambo, Lotti Nolika, considerou que a marcha sinaliza a força, a determinação da juventude para enaltecer os ganhos da paz conquistada com muito sacrifício pelos filhos de Angola, sob a liderança do arquitecto da paz, o saudoso Presidente José Eduardo dos Santos.
Lotti Nolika manifestou que a juventude angolana tem de ser exemplar e fazer parte da solução de vários problemas sociais e deve ter a noção de que, com o esforço e participação de todos, pode-se chegar até à realização plena e fazer do país uma referência em África.
Bengo
A primeira secretária provincial do MPLA no Bengo, Maria Antónia Nelumba, apelou, em Caxito, aos jovens a conservarem a paz e cada um continuar a colocar uma pedra para a construção do país, de forma a acabar com a fome e garantir a sustentabilidade das famílias.
O apelo foi feito após a marcha da juventude que teve início no Largo 10 de Dezembro, e culminou no Estádio Municipal do Dande, com várias mensagens a favor da preservação da paz.
Maria Antónia Nelumba disse, ainda, que só com a conservação da paz é que se vai produzir riqueza e o bem-estar para o desenvolvimento do país e promover a satisfação da população.
Sublinhou que as conquistas alcançadas ao longo dos 21 anos trouxeram os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, tanto na economia como no sector Social.
Fez saber que a paz é duradoura porque custou muitas lágrimas, suor e sangue vertido ao longo de décadas.
"Sabemos que ainda há muito por fazer, pelo que todos os dias devemos pensar no país e junto encontrarmos as formas mais adequadas para resolver os problemas do povo em geral e da juventude em particular”, disse.
Construídas pontes para o desenvolvimento
Jovens de vários estratos e idades, na província do Zaire, manifestaram, ontem, na cidade Mbanza Kongo, o seu compromisso em preservar a paz, duramente conquista há 21 anos, com vista a criar melhores pontes para o processo de desenvolvimento económico e social da região e do país, em geral.
Os milhares de jovens que marcaram presença na marcha, realizada em simultâneo em todo o país, que na cidade de Mbanza Kongo iniciou na rotunda do Songo até à zona das 15 casas, manifestaram o desejo que a paz seja permanentemente consolidada, tarefa que requer de toda sociedade um empenho, muita seriedade, diálogo permanente e abstendo-se de actos violentos que coloquem em causa todos os ganhos conquistados ao longo dos 21 anos em que as armas de fogo se calaram. O jovem Ferraz Segundo da Conceição, 28 anos, um dos participantes da marcha, disse ao Jornal de Angola que, a paz é bem-vinda para todos, porque propicia o desenvolvimento social e económico, daí a necessidade da sua consolidação.
"Estamos a marchar hoje para consolidar a nossa paz, incentivando os membros da sociedade a evitarem a violência e abraçar a irmandade, a amizade e a união. No entanto, neste tempo de paz precisamos de mais escolas, hospitais e asfaltagem das estradas que ligam as comunas e os municípios”, disse.
Ana Mayeto, 36 anos, que acorreu à marcha, referiu que a paz constitui o bem mais importante da população de um país, porque os permite circular livremente pelo país, traz sossego, tranquilidade e união entre as famílias e povos.
"É importante a paz no país, porque viver numa região com guerra é muito complicado, morrem pessoas, causa dispersão das famílias e destruição. A guerra não é boa coisa. No Zaire falta apenas desenvolvimento, mais infra-estruturas, mais hospitais e habitação é o que nós queremos”, disse.
Já o cidadão Eduardo Lukeba, 60 anos, disse que fez parte da marcha porque conhece a realidade de uma guerra, por isso apelou aos jovens a valorizarem a paz conquistada há 21 anos, com sangue e suor, por ser o único bem que propicia um sentimento de sossego às pessoas e permite sonhar com um desenvolvimento sustentável.