Hoje, o mundo celebra o Dia da Terra com foco na criação de mudanças políticas globais para a protecção do planeta, assim como na mudança de comportamento das pessoas. Actualmente, a luta é para ter um meio ambiente limpo, à medida que os estragos das mudanças climáticas se tornam mais visíveis a cada dia.
Este ano, o dia é celebrado sob o tema "Investir no nosso planeta”, para destacar a importância de se criar novos planos para minimizar o problema das alterações climáticas. Empresas, governos e sociedade civil são chamados à acção contra a crise climática e à colaboração para acelerar a mudança rumo a um futuro verde, próspero e equitativo.
O dia serve ainda para alertar sobre a necessidade de se promover maior desenvolvimento sustentável, enquanto factor fundamental para a qualidade de vida das futuras gerações.
As comemorações do Dia da Terra tiveram lugar, pela primeira vez, nos Estados Unidos, no dia 22 de Abril de 1970, promovidas pelo senador norte-americano Gaylord Nelson (1916-2005), que organizou um fórum ambiental, com a participação de 20 milhões de pessoas.
"Os mangais são importantes para o equilíbrio das zonas costeiras do litoral e húmidas, bem como para a reprodução de várias espécies aquáticas e marinhas”, lembrou, acrescentando que têm um papel importante na mitigação das alterações climáticas. "As flores dos mangais têm uma enorme capacidade de absolvição do dióxido de carbono e são consideradas duas ou mais vezes superiores que as florestas tradicionais”.
José Silva lamentou o facto de muitas das zonas costeiras de Luanda estarem a ser invadidas com construções de residências, estabelecimentos turísticos e outras infra-estruturas que perigam o ecossistema ambiental.
"Há mais de 15 anos, que a Juventude Ecológica, tem vindo a trabalhar para a conservação das zonas dos Mangais na capital e noutras províncias, com destaque a do Zaire, que é uma das muito afectadas pela degradação dos mangais”, explicou, além de lamentar o facto de muitos cidadãos nacionais não conhecerem a importância dos mangais para a sua conservação.
Novas tecnologias
Em relação aos investimentos, as novas Tecnologias de Comunicação, Informação e Digitalização são de grande ajuda na conservação do planeta. "É preciso apostarmos numa tecnologia que minimize o impacto do meio ambiente, na qual possamos incluir, até mesmo, a instalação de satélites para a observação do planeta”.
O especialista criticou ainda o facto de muitos projectos arquitectónicos terem na maquete árvores, mas no acto de concepção não incluírem nenhuma. "É importante sabermos qual é o tipo de árvores a plantar em cada região. Para tal, os especialistas paisagistas são cruciais, apesar de, em Angola, não existirem muitos”, explicou.
O membro da Juventude Ecológica explicou que o tema escolhido para celebrar a data, este ano, leva todos a repensar as acções contra o planeta. "Todos os dias realizamos actividades capazes de causar algum impacto no planeta terra”, apontou, além de considerar importante se fazer um maior investimento no planeta.
"Quando falamos em investir no planeta é fundamental ter em atenção à conservação, assim como a racionalização dos vários meios e serviços do ecossistema, entre os quais recursos como a água e a energia”, avançou.
José Silva acredita ser fundamental haver uma justa distribuição das riquezas do planeta, para a criação de um desenvolvimento sustentável. O ambientalista considera essencial haver mais campanhas de sensibilização e de educação ambiental.
"Háquem diga que a saúde do planeta não é das melhores porque, têm sofrido uma acentuada degradação nos ecossistemas e serviços que afectam a vida dos seres vivos, com destaque para algumas espécies em extinção, ou o elevado abate de árvores, a degradação de florestas como a Amazona, no Brasil, e do Maiombe, em Angola”, lamentou.