País participa em debate sobre a reforma dos Bancos

O Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Inter-Americano de Desenvolvimento, Banco Asiático de Desenvolvimento e são algumas das instituições financeiras que têm vindo a despertar interesse na comunidade internacional sobre a necessidade de aprofundamento de reformas, quanto aos seus procedimentos, métodos e à gestão operacional.

A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, que participou, em Washington, numa mesa redonda sobre a "Adaptação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento aos Desafios Globais”, manifestou que Angola acompanha a visão de outros países africanos que defendem as suas actuações mais alinhadas aos desafios da actualidade. "Nós temos vindo a realizar alguns projectos com financiamento e garantias das Adaptações dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento aos desafios globais, com o suporte de instituições financeiras e garantias de agências de crédito à exportação, e também, com recursos próprios. Fazemos essa combinação com o objectivo de edificarmos as infra-estruturas”, disse.

Vera Daves referiu a necessidade de mobilização de fundos concessionais bem como de instrumentos financeiros que ajudem a mobilizar mais fundos privados. Defendeu, igualmente, um exercício de auto-avaliação de todas as partes envolvidas. "Precisamos de olhar para dentro de todas as partes envolvidas no processo. Precisamos de aferir se os procedimentos internos das Adaptações  dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento aos desafios globais. Hoje, são os mais eficientes e avaliam os nossos próprios processos”, acrescentou que a existência de instrumentos que permitam mobilizar mais recursos do sector privado, utilizar mais soluções de inovação financeira para se alavancar a mobilização de fundos.

Estiveram presentes na mesa redonda sobre "Adaptação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento aos Desafios Globais-Perspectiva dos líderes africanos”, os ministros das finanças do Gana, Keneth Ofori-Atta, da Libéria, Samuel Tweah, e o Secretário do Tesouro, Economia e Planeamento do Quénia, Njuguna Ndungu.

Os ministros das finanças presentes na mesa redonda referiram a necessidade de financiamento das infra-estruturas que os países africanos apresentam, numa altura em que a conjuntura internacional é marcada por uma certa retracção do acesso ao mercado financeiro internacional e ao investimento privado, tal como o papel que o sector privado pode exercer nesta matéria.

O conselheiro do Citigroup, Jay Collins, debruçou-se sobre a necessidade da "Adaptação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento aos Desafios Globais” fortalecer a capacidade de financiamento para o desenvolvimento dos países africanos.

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