Carlos Morais, capitão dos petrolíferos, abriu as hostilidades com um triplo, e na sequência o base dos militares Delcio Sebastião respondeu com um lançamento de dois pontos. No entanto, foram os anfitriões que comandaram o primeiro quarto (36-21) com de 15 pontos de vantagem.
No segundo período, ciente da obrigação de vencer para anular a desvantagem, o Petro de Luanda manteve a mesma passada, abriu uma vantagem de 16 pontos, mas perdeu algum fulgor e viu a superioridade ser reduzida pelo adversário abaixo dos dois dígitos (56-46), resultado que levou os dois contendores para o intervalo maior.
O público afecto ao 1º de Agosto contestava a actuação do trio de arbitragem, e chegaram a arremessar objectos para o interior da quadra de jogo como sinal de protesto. As forças da ordem foram chamadas a intervir, os árbitros tiveram dificuldades para entrar nos balneários depois de verem o acesso do mesmo barrado pelos torcedores militares.
No reatar da partida, registou-se uma paragem de aproximadamente 15 minutos, provocada pelas razões acima referidas, pois os juízes não queriam recomeçar o jogo sem que antes fosse criado um cordão de segurança, situação que ficou resolvida posteriormente.
Os principais protagonistas regressaram dos balneários com objectivos distintos: o 1ºde Agosto tentava parar o jogo ofensivo do adversário ao passo que do outro lado a turma que jogava na condição de anfitrião mostrava possuir mais argumentos tácticos para contrapor.
A dois minutos do final do terceiro quarto, o extremo-poste do Petro Damian Hollis foi expulso depois de lhe ser averbada a segunda falta anti-desportiva. No entanto, com Childe Dundão e Carlos Morais, os tricolores mantiveram a verticalidade ofensiva e voltaram a dilatar a vantagem de 16 pontos, e conseguiu gerir a vantagem, numa altura em que os rubros e negros pareciam sem reacção.
Ao longo da partida, o treinador do 1º de Agosto, Lazare Adingono, contestava a decisão dos árbitros que voltaram a cometer erros, a par do primeiro desafio. Mas não teve arte nem engenho para parar a máquina tricolor, com o jogo exterior a funcionar. Vitória tricolor , por 71-61, no terceiro quarto.
O extremo-base dos "militares” Nico Clareth a par do seu colega Milton Valente, foram os mais inconformados, e tentaram remar contra a maré, mas os demais companheiros estiveram abaixo do esperado. Nos instantes finais, Lazare Adingono ainda solicitou um desconto de tempo para refazer a táctica.
Mas a vantagem dos campeões nacionais era por demais expressiva, souberam gerir fixando o resultado final em 90-71. Milton Valente, do 1º de Agosto, foi o MVP de desafio, com 15 pontos, seguido por Childe Dundão com menos um.
As duas equipas voltam a defrontar-se na próxima segunda-feira no mesmo recinto às 19h00. Com o triunfo o Petro de Luanda igualou a final dos play-off a melhor de cinco partidas, depois de terem perdido na quarta-feira, por 71-76.