A ministra da Educação, Luísa Grilo, anunciou, em Luanda, a criação, em breve, de liceus para o ensino da Língua Francesa, em todas as províncias do país.
Luísa Grilo falava no lançamento das "Estratégias Educativas para a Inovação e Acompanhamento (SEPIA)”, que visam a melhoria das competências dos professores de Língua Francesa do I e II ciclos, com apoio da Embaixada francesa em Angola.
Durante o acto, ocorrido no Instituto Nacional de Formação de Quadros da Educação (INFQE), a ministra deu a conhecer que o projecto surge na sequência de um acordo assinado, em 2021, entre Angola e França, no domínio do ensino da Língua Francesa.
A Lei de Base do Ministério da Educação, segundo a ministra Luísa Grilo, dá especial atenção, no desenvolvimento do capital humano, ao ensino das línguas estrangeiras, das quais destaca-se a francesa, que deve ser ensinada nas instituições do país.
Luísa Grilo acrescentou que o país precisa de mais infra-estruturas e de capital humano qualificado, para o seu desenvolvimento.
"Quando falo de capital humano não falo apenas dos professores, que são a chave para a formação de qualidade, existe também um outro conjunto de profissionais que são importantes, como os supervisores pedagógicos, que devem continuar a acompanhar e avaliar o processo de ensino e aprendizagem”, sublinhou a ministra da Educação, acrescentando que, "depois da pandemia, não se pode falar de inovação pedagógica e de educação de qualidade se não utilizarmos as Tecnologias de Informação”.
A governante fez saber que as Tecnologias de Informação são consideradas ferramentas indispensáveis para a inovação pedagógica, esperando-se que as SEPIA respondam a preocupação de transformação curricular, com o apoio técnico da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Estamos a tratar o ensino do Francês como segunda língua estrangeira e para alguns alunos não será novidade, principalmente para aqueles que estudam nas províncias que fazem fronteira com os países de Língua Francesa”, lembrou Luísa Grilo, que deu a conhecer que foram criadas bases no país para que se possa ensinar francês a partir do ensino primário, devendo-se dar atenção especial à formação de professores.
A ministra Luísa Grilo garantiu que a parceria entre os dois países prevê a mobilidade dos docentes, para que, com frequência, participem em estágios para o aperfeiçoamento linguístico e científico.
Embaixador de França
O embaixador de França em Angola, Daniel Vosgien, disse que as "Estratégias Educativas para a Inovação e Acompanhamento (SEPIA)”, é um projecto com duração de dois anos, que conta com um financiamento de 600 mil euros, do Fundo Francês Específico, que apoia formações de Língua Francesa no Ensino Superior, em 60 países.
O projecto, segundo o diplomata, visa, também, o ensino da Língua Francesa no ensino primário e secundário e formação contínua dos docentes.
Daniel Vosgien anunciou a construção de duas escolas, nas províncias do Moxico e Huambo, para o ensino da Língua Francesa.
O acto de apresentação das "Estratégias Educativas para a Inovação e Acompanhamento (SEPIA)” contou com a presença de membros da cooperação francesa, directores do Ministério da Educação e representantes dos institutos Superior de Ciências da Educação (ISCED) das províncias de Luanda, Huíla, Uíge, Cabinda, Huambo e Benguela.
Fonte: Jornal de Angola
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