Final da Taça de Angola encerra “cortinas” da época


A época 2022/2023 entrou na semana do sprint final. Noventa minutos nos separam do cair do pano de uma caminhada de aproximadamente 9 meses. A disputa da final da Taça de Angola vai marcar o encerrar das cortinas nas competições domésticas no País.

No próximo sábado, 3 de Junho, Petro de Luanda e Académica do Lobito descem ao relvado do Estádio Nacional Tundavala para disputarem o segundo troféu da temporada.

O campeão nacional centra às atenções na dobradinha e repetir assim o sucesso de 2021/2022, enquanto os estudantes auguram o inédito para fazerem história na competição e inscreverem o seu nome no leque restrito dos dez vencedores das 38 edições.

Apesar de não ser a final esperada por muitos, é a final em que estarão em campo as duas equipas que provaram nas diversas fases da Taça de Angola competência, determinação e vontade de vencer.

A final da taça como em qualquer país, por este mundo a fora, no espírito que lhe é peculiar, nem sempre é disputada entre as mais prestigiadas, mas sim por aquelas que mostrarem eficácia e acima tudo humildade, pois nem sempre os candidatos suplantam os menos cotados.

A Académica do Lobito por tudo que fez esta época promete dar a dignidade que a prova merece ante um Petro de Luanda "demolidor".

Aliás, Agostinho Tramagal assumiu no final do jogo das meias-finais a intenção de levar a Taça para a cidade do Lobito. Mas como nem sempre, querer é puder, esta intenção pode ter consequências positivas e negativas.

A motivação e a ansiedade de disputar têm consequências positivas e negativas. A primeira é de que, quem chega nesta fase aspira muito mais, e a segunda é que colocar a fasquia muito alta pode provocar, às vezes, consequências graves.

Petro de Luanda e Académica do Lobito têm a responsabilidade de dignificarem a final que será testemunhada nas bancadas por convidados VIPs dos 14 países que participaram no workshop internacional sobre a plataforma online de licenciamento de clubes.

De resto, o Estádio Nacional Tundavala tem a primazia de receber o campeão nacional em título e por coincidência o detentor da Taça, uma oportunidade que não acontece todos os anos.

Quanto a Académica do Lobito é uma equipa modéstia, mas que não teme os chamados grandes do futebol. Enfrenta todos eles de peito aberto e olhos nos olhos, uma atitude que dignifica sempre as cores dos clubes.

Técnico angolano e português disputam troféu

O técnico do Petro de Luanda Alexandre Santos procura a segunda vitória na prova, enquanto Agostinho Tramagal que disputa a primeira final, ambiciona erguer o troféu pela primeira vez.

De um lado teremos um treinador português mais experiente e habituado a este tipo de decisões, e, do outro, um jovem, caloiro, mas decidido em entrar na lista dos grandes vencedores da Taça de Angola.

Desde o emparceiramento das meias-finais que esse emparceiramento já estava desenhando, pois os dois técnicos afastaram na concorrência os seus compatriotas. Alexandre Santos eliminou o Luís Gonçalves (Interclube) e Agostinho Tramagal mandou para a casa o Marcos Chivinda (Kabuscorp do Palanca).

Alexandre Santos e Luís Gonçalves no banco de suplentes do Petro de Luanda e do Interclube respectivamente, ao passo que Marcos Chivinda e Agostinho Tramagal preencheram o quadro na outra partida.

Com diferentes formas de viver o jogo a partir do banco, no final vai fazer a festa aquela equipa que for mais eficaz, pois em finais nem sempre vence o melhor, mas como não existem vencedores injustos...

Alexandre Santos é mais temperamental e aborda os seus atletas de forma discreta, aproveitando sempre as oportunidades nos momentos de paragens que surgirem no jogo para corrigir alguma situação e transmitir essa ou aquela orientação.

Já Agostinho Tramagal é mais emotivo e transmite a adrenalina do banco aos seus atletas em campo, contagiando-os para aquilo que é a forma de estar do líder da equipa técnica nos vários momentos do jogo.

Fonte: Jornal de Angola

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