O Projecto Habitacional “Onzo Yami - A Minha Casa, O Meu Lar, em construção na Centralidade do Sequele, município de Cacuaco, em Luanda, pretende disponibilizar ao mercado, a partir do 2º trimestre do próximo ano, casas de médio padrão nas tipologias T3.
Estão projectadas, numa primeira fase, 500 habitações, podendo subir até 1.000, do total de cinco mil residências que os promotores assumem edificar de forma faseada.
Esta iniciativa é das Organizações Ribeirinho e do parceiro chinês Guizhou "7º Construção e Engenharia Angola”. Nasceu em 2013, com o registo e aquisição dos direitos de superfície, numa área bruta de mais de 300 hectares (três milhões de metros quadrados ou então 3 quilómetros quadrados).
O sonho lançado por Hernani José Ribeiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo "Organizações Ribeirinho”, é agora concretizado nessa parceria com a Guizhou, que é ao mesmo tempo parceiro construtor e investidor. O projecto é também acompanhado pela Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX).
Para Hernani José Ribeiro, trata-se de uma parceria público-privada e procura responder às necessidades do mercado habitacional, cuja procura ainda é considerável. Em razão disso, explica, concebeu-se um projecto aberto, evolutivo, que também adapta interesse do cliente na matriz das habitações projectadas.
A obra emprega, até ao momento, cerca de 100 angolanos nas diferentes áreas e só uns poucos chineses na supervisão, tornando-a num projecto totalmente edificado por quadros e técnicos nacionais.
Na fase mais adiantada, os promotores esperam poder gerar entre dois e três mil empregos.
As casas modelos do projecto habitacional de médio padrão "Onzo Yami” Sequele, - A Minha Casa, O Meu Lar, devem ainda antes do final deste mês estar prontas, altura em que se projecta também a apresentação pública e abertura para vendas.
São habitações em tipologias T3 H (com anexo) e T3 F (sem anexo). As casas ocupam 120 metros quadrados (12/20 metros), divididas em quartos, salas, cozinha e casas de banho, mas a área bruta de construção é de 375 metros quadrados (15/25 metros), incluindo um quintal com capacidade para 3 a 4 viaturas.
O projecto "Onzo Yami”, A Minha Casa, o Meu Lar integra, segundo cálculos a partir da planta de urbanização, mais de quatro largos de recreação e lazer, três escolas, mercados, creches, uma casa da juventude, um lar para a 3ª idade, hospitais, áreas de implantação de igrejas e outros equipamentos sociais.
A visão do promotor é tornar o condomínio "Onzo Yami” - Minha Casa, O Meu Lar, na tradução livre da língua nacional umbundu, um projecto público-privado integrado, que dispõe aos residentes serviços sem que estes precisem de sair da zona habitacional. É por isso que a área social, também aberta para as parcerias de investimentos, projecta ainda a implantação de postos de abastecimento de combustíveis, serviços integrados de apoio ao cidadão, postos policial e de protecção civil e bombeiros, além de áreas verdes e arborizadas, capazes de garantirem momentos lúdicos e de recreação.
Numa fase avançada, projecta-se também a integração de 11 prédios, que deverão concluir a oferta das cinco mil habitações previstas.
Xingmo Yan é o representante da Guizhou e garante estarem criadas as condições para o curso normal das empreitadas em pleno respeito às fases previstas no projecto.
Na visita que realizou, na última quarta-feira, às casas modelos e central de vendas em fase adiantada de construção, o investidor chinês manifestou confiança no sucesso da parceria e aprovou também os níveis de execução dos técnicos angolanos.
De acordo com os promotores, o projecto "Onzo Yami” - A Minha Casa, o Meu Lar pretende valorizar os terrenos infra-estrututados pelo Estado na Centralidade do Sequele, em Luanda, com o alargamento e aproveitamento útil, dando valor ao conceito de habitação condigna, de lazer e de bem viver. Também procura constituir-se num investimento seguro e útil para as famílias angolanas.
"Pretendemos contribuir para a criação e desenvolvimento de um espaço habitacional saudável, sustentável e harmonioso, em que os habitantes encontrem respostas em termos de acesso à habitação e enquadramento social e urbanístico condignos”, disse Hernani Ribeiro.
"Onzo Yami” Business Center
Simultaneamente com as obras de edificação das habitações, o projecto prevê a construção de um Centro de Negócios com a marca "Onzo Yami” Business Center, que deverá integrar bancos, grandes superfícies comerciais e outras unidades de negócios ligados ao sector do retalho e da distribuição logística.
O projecto
"Onzo Yami” - A Minha Casa, O Meu Lar é um projecto que nasce no âmbito da execução do Projecto de Investimento e Construção de 60.000 habitações e foi aprovado pelo Decreto Presidencial nº 17/15, de 5 de Janeiro de 2015, com publicação em Diário da República I Série, nº 2, de 5 de Janeiro. O Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação e a empresa Organizações Ribeirinho Lda assinaram, no dia 22 de Dezembro de 2015, um "Memorando de Entendimento”.
Jovens angolanos dirigem o projecto
Entre a centena de angolanos que, neste momento, dá tudo de si para o cumprimento das fases do "Onzo Yami” Sequele, estão dois formados em universidades angolanas.
Jaime Manuel, engenheiro de Construção Civil, e Luís Carlos, arquitecto Urbanista, partilham cada detalhe da obra, próprios de quem desde Junho lançou mão ao trabalho e procuram, orgulhosamente, mostrar a capacidade dos quadros "Made in Angola”.
Ambos, na conversa com este jornal, procuram com precisão dar as explicações e justificar as opções seguidas, sejam no plano urbanístico como no da engenharia civil, como garantia de o mercado poder beneficiar de habitações condignas e no respeito aos padrões de ambas as ciências.
Mas, como não só de engenheiros se fazem as obras, outro angolano animado no projecto é Filipe de Almeida. Este técnico de obras há sete anos garante que a equipa que co-lidera está radiante e capaz de propiciar resultados positivos, seja no cumprimento dos tempos, assim como na garantia da qualidade.
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