O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas iniciou, terça-feira, uma breve visita à Somália, país africano assolado por conflitos e catástrofes. António Guterres foi recebido à chegada a Mogadíscio, pelo ministro somali dos Negócios Estrangeiros, Abshir Omar Huruse, que recorreu ao Twitter para salientar a importância da “visita para a realização de conversações políticas, de segurança, de desenvolvimento e humanitárias”.
A ONU lançou um apelo de 6,6 mil milhões de dólares em ajuda humanitária para o conturbado país do Corno de África, mas o financiamento ronda apenas os 13 por cento. Cerca de metade da população necessita de assistência humanitária em 2023, com 8,3 milhões de pessoas afectadas pela seca, segundo dados da ONU. Na passada semana, no Twitter, António Guterres recordou que o "número de pessoas deslocadas por conflitos e secas na Somália atingiu um recorde. A maioria são mulheres e crianças”.
"As equipas da ONU estão no país a trabalhar para atender às necessidades imediatas e de longo prazo. A comunidade internacional não deve esquecer esta crise”, acrescentou o secretário-geral das Nações Unidas.
Partes da Somália, bem como do Quénia e Etiópia estão a passar a pior seca das últimas quatro décadas, exterminando o gado e culturas. Pelo menos 1,7 milhões de pessoas estão a abandonar as casas em busca de alimentos e água. Na passada semana, em Genebra o coordenador da ONU para a Somália, Adam Abdelmoula, afirmou que "a crise está longe de ter terminado. As necessidades continuam elevadas e urgentes”.