As autoridades de Burkina Faso declararam, ontem “mobilização geral” para dar ao Estado “todos os meios necessários” para combater o terrorismo no país. O objectivo, segundo uma nota da Presidência citada pela AFP, é criar um “marco legal para todas as acções a serem tomadas” contra os insurgentes.
O governo anunciou em Fevereiro um plano para recrutar 5 mil soldados adicionais para combater a insurgência no Sahel. Na semana passada, 44 civis foram mortos por "grupos terroristas armados” em duas aldeias no nordeste do Burkina Faso, perto da fronteira com o Níger.
"Diante desta situação de segurança, a saúde da nação depende de uma onda de espírito nacional alimentada por todas as suas filhas e filhos, a fim de encontrar uma solução”, disse o ministro da Defesa, coronel major Kassoum Coulibaly, num comunicado. A violência deixou mais de 10 mil mortes nos últimos sete anos, de acordo com grupos de ajuda não-governamentais, e deslocou dois milhões de pessoas de suas casas. A nível interno, o apoio à mobilização geral começa a crescer com alguns moradores de Ouagadougou a responderem positivamente ao anúncio feito pelo governo.
Na semana passada, 44 civis foram mortos por "grupos terroristas armados” em duas aldeias no nordeste do país, perto da fronteira com o Níger. Na terça-feira, o ministro da Defesa lançou um apelo para que militares actuais e aposentados entreguem uniformes não utilizados para ajudar a equipar os combatentes do exército.