
O presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional da Segurança Social (INSS), Anselmo Monteiro, defendeu, esta quinta-feira, em Luanda, maior sensibilização da classe artística, para se aumentar o número de profissionais inscritos nesta instituição.
"Os artistas e compositores são trabalhadores como qualquer outro profissional, por este facto, merecem atenção e preocupação do INSS”, frisou o gestor, durante o evento que se realizou no edifício sede do MAPTESS, em Luanda.
Anselmo Monteiro, que não avançou o número de artistas e compositores inscritos no INSS, referiu que urge a necessidade de se reverter essa situação, para se evitar situações de indigências e precariedade dos artistas no período da velhice.
Afirmou que só desta forma, os artistas angolanos poderão ter assegurado um futuro socialmente consistente do ponto de vista económico e financeiro.
"É necessário que os artistas façam uma contribuição monetária regular enquanto estiverem no uso das suas actividades e, em contrapartida poderão ser assistidos economicamente, financeiramente ou monetária em caso de maternidade, doença, velhice ou os seus dependentes serem sustentados no caso da sua morte”, concluiu.
Por sua vez, o presidente da UNAC-SA, Zeca Moreno disse que houve uma ampla sensibilização, em 2012, aonde foram inscritos uma centena de artistas e compositores na segurança social, mas que a instituição continua preocupada com a situação social dos artistas angolanos.
Segundo Zeca Moreno, alguns artistas vivem no limiar da pobreza, embora tenham prestado serviços públicos e dignos para o país com as suas obras, nos domínios da música, literatura, artes plásticas, cinema, etc.
O responsável explicou que com estas perspetivas estabeleceram uma coordenação com o INSS de maneira que seja possível, nos termos da lei, encontrar os caminhos que possam conduzir a solução dos problemas de índole social dos associados. "Esta preocupação em causa não é só para os associados da UNAC, mas também para todos os artistas angolanos”, acrescentou.
"A direção da UNAC achou por bem que se devia proteger primeiro os artistas que já estão com uma idade mais avançada e criar condições para que as novas gerações não tenham os mesmos problemas e as mesmas dificuldades que as gerações passadas tiveram no que toca à proteção social”, realçou.