Os Médicos sem Fronteiras (MSF) alertaram, sábado, é "muito grave" a situação no Sudão, devido aos combates entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF), com o país em "colapso sanitário" e desgovernado.
O responsável estima que "muitas partes do país estão agora sem lei", com "milhares ou milhões de civis retidos nas suas casas, impossibilitados de sair" por causa dos combates e sem acesso a hospitais.
A ONG contabiliza milhares de feridos e denunciou que, após uma semana de conflito, as três tréguas anunciadas até agora para facilitar o auxílio à população "não foram respeitadas".
Os médicos sudaneses estimaram hoje que sete em cada dez hospitais em zonas de conflito foram inutilizados e, de acordo com González, "o colapso da saúde afecta o país desde o primeiro dia do conflito".
O líder das RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, exigiu hoje de novo a rendição imediata do líder do exército, Abdel Fattah al-Burhan, a quem acusa de ser o principal obstáculo à paz.