"Nós pautamos sempre pelo diálogo permanente, usando a greve como última solução”, lembrou, acrescentando que a UNTA defende, também, salários compatíveis ao custo de vida.
Segundo José Laurindo, algumas empresas não permitem o exercício da actividade sindical e a UNTA envida esforços para se inverter o quadro.
"É preciso que o empregador saiba que o movimento sindical não está para dificultar o trabalho da entidade patronal, mas sim para ajudar a organizar a situação dos trabalhadores”, disse.
Acrescentou que a UNTA-CS tem participado nas contribuições da futura Lei Geral do Trabalho.
"Para o país crescer e se desenvolver precisamos de homens comprometidos com o trabalho”, sublinhou José Laurindo.
Deu a conhecer que estão filiados na UNTA-CS 124 associações sindicais e mais de 600 mil trabalhadores, a nível nacional.
Homenagem aos co-fundadores
A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA-CS) homenageou os co-fundadores da organização sindical e os que deram o melhor de si para o engrandecimento da instituição no período pós-independência nacional, com destaque para Bernardo Ndombele, Francisco Ndombe, Fernando Kiesse, Francisco Massala, Emílio Mbidi e Pedro Fernando Mavunza.
Os homenageados receberam medalhas e certificados de mérito. O primeiro secretário-geral, Pascoal Luvualo, foi homenageado a título póstumo.
Bernardo Ndombele, um dos homenageados, considerou histórica a data que se comemora e disse que continua a acompanhar o crescimento da UNTA.
O também nacionalista disse que a UNTA-CS jogou um papel na luta de libertação do país, tendo participado na mobilização, mesmo não sendo uma grande organização, na altura.
A UNTA foi fundada a 16 de Abril de 1960, no exílio, na República do Congo Leopoldovile, actual Kinshasa. Além de Pascoal Luvualo, estavam presentes no acto da fundação Dombele Mbala Bernardo, Francisco Ndombe, Fernando Kiesse, Francisco Massala, Emílio M'bidi, Pedro Fernando Mavunza, Joséph Kiala, António Fuca e Adolfo Tshicalanga.