BAL: Petro defronta Douanes nas meias-finais da prova


A equipa do Petro de Luanda garantiu a passagem para meia-final da terceira edição da Basketball African League (BAL), fase em que vai defrontar o Douanes do Senegal, na próxima quarta-feira, depois da vitória sofrida (por 88-84), este domingo, sobre o Abidjan Basketball Club (ABC) da Côte d'Ivoire, em desafio referente aos quartos-de-final.

Tal como previu o técnico dos tricolores, José Neto, o equilíbrio foi a tónica dominante durante toda a partida, com a recta final caracterizada por alternância constante no marcador, imprópria para cardíacos, com o nervosismo a apoderar-se dos jogadores e respectivos membros das equipas técnicas.

O embaixador angolano pareceu entrar nervoso no jogo, enfrentou dificuldades para defender os jogadores que penetravam na zona restritiva. Estavam decorridos três minutos, quando o técnico José Neto viu-se forçado a substituir Gerson Lukeny por Souleyman Diabaté , depois que este atingiu a terceira falta pessoal.

Aos pouco, a equipa começou a acertar. Tudo graças a leitura feita sobre a movimentação do ABC. O Petro passou a jogar com maior controlo de bola, explorando o tempo de ataque, numa altura em que o capitão Carlos Morais e Jone Pedro destacavam-se entre os companheiros.

A maior parte dos jogadores da equipa orientada por Liz Mills souberam aproveitar as brechas defensivas, quer para lançar ou penetrar, como fez inúmeras vezes o base tunisino Omar Abada, contratado para a recta final da prova.

Em termos defensivos, o Abidjan Basketball Fithers procurava dificultar que as transições do Petro fossem feitas com facilidade, com pressão sobre o homem com a bola, e evitar que Childe Dundão tivesse menos espaço para assistir os companheiros.

Ainda assim, o Petro de Luanda venceu com relativa facilidade o primeiro quarto (23-16), ficando na incógnita o que ainda estava por vir, pois o ABC havia deixado indicares que estariam dispostos a disputar o jogo de igual para igual.

O segundo quarto começou com as defesas a se superiorizarem aos ataques. José Neto voltou a deparar-se com mais uma contrariedade, depois de Carlos Morais cometeu a segundo falta. O internacional angolano foi para o banco de suplentes.

Do lado contrário, o Omar Abada, coadjuvado pelo extremo Ousmane Drame, faziam toda diferença para a insatisfação de José Neto. As trocas defensivas não fluíam e alguns jogadores apareciam soltos para lançar.

A recuperação defensiva do Petro esteve lenta, sobretudo depois de perder a bola no ataque, mas com os conceitos ofensivos funcionais aproveitavam as brechas e nunca baixavam os braços.

Nesta altura a toada de jogo era ora marcas tu, ora marco eu, e o resultado ao intervalo (41-41) traduzia bem o equilíbrio, mas revelou a ascensão do adversário que venceu por 25-18, no parcial, fruto das clareiras defensivas.

Sofrimento

No reatamento, o ABC foi com frequência para os lances livres, pois encontrava sempre aberturas no corredor central para finalizar. Damian Hollis e Ater Majok deram outra dinâmica defensiva e ofensiva, mas insuficientes para abrir uma vantagem folgada no resultado.

A dada altura Souleyman Diabate carregou a equipa às costas, mas não houve continuidade dos companheiros, porque colectivamente os erros defensivos persistiam. Aliado a isso, a tripla de árbitros mostrou que não estava à altura da intensidade do jogo, com algumas decisões dúbias.

A equipa não conseguia fazer circular a bola até encontrar espaços para finalizar, algumas vezes surtiam efeito, mas na maior parte das vezes falhava, sobretudo a comunicação para a trocas defensivas.

Os dois contendores foram para o quarto derradeira separados pela diferença de um ponto (64-63) a favor do conjunto tricolor. Estava tudo em aberto e a equipa que soubesse aproveitar as oportunidades chamaria para si a vitória.

Quando o Petro abriu uma vantagem de quatro pontos (77-73), Liz Mills solicitou time out para travar a motivação dos angolanos e refazer a táctica. A recta final foi de nervos, com alternância no mercador, até que a equipa angolana acertou na movimentação e garantiu o triunfo (88-84) muito sofrido que a mantém em prova.

Fonte: Jornal de Angola

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