Carlos Morais: “Sinto-me injustiçado e desmotivado”


O extremo-base Carlos Morais, do Petro de Luanda, diz sentir-se desrespeitado e que a informação avançada pelo presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Moniz Silva, em entrevista à Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), sobre as várias cartas endereçadas à direcção do órgão reitor, a solicitar dispensa da Selecção Nacional, não corresponde com a verdade.

Em entrevista à LAC, Carlos Morais rebateu as declarações prestadas pelo presidente Moniz Silva, sobre as razões de o mesmo não constar da recente convocatória do seleccionador Pep Clarós, com vista à disputa do Campeonato do Mundo da FIBA, de 25 de Agosto a 10 de Setembro, na Ásia.

Morais defende que o presidente da FAB devia precisar o número de cartas por si endereçadas, ao cabo de cinco janelas de apuramento para a 19ª edição do Mundial que vai decorrer no Japão, Filipinas e Indonésia.

"Foi uma única carta. Durante a disputa do Afrobasket, em Setembro de 2021, no Rwanda, contraí uma lesão no joelho. Nem por isso me senti condicionado, porque ainda consegui ser o melhor marcador de três pontos da competição", sublinhou.

Logo depois, o jogador de 37 anos foi para o exterior tratar da lesão e, no regresso, o seleccionador Pep Clarós fez a convocatória para a disputa da primeira janela FIBA, que decorreu em Benguela.

Foi nesta altura, avançou, que endereçou uma carta à direcção da FAB a solicitar dispensa. No entanto, Carlos Morais revela que recebeu uma ligação do vice-presidente, Sílvio Lemos, a orientar o então capitão da Selecção Nacional a proceder de outra forma e não por via de uma carta. Na sequência, o extremo-base marcou presença na reunião entre equipa técnica, direcção da FAB e jogadores, que antecedeu aos trabalhos de campo.

"Conversei com o treinador, tive o retorno dele e a autorização para estar ausente, de modo a permitir a minha recuperação total. Deu-me garantias que contaria comigo para os próximos compromissos. Foi exactamente o que eu ouvi do presidente da FAB, em conversa mantida em privado, no seu gabinete", revelou.

Mas, para sua surpresa, Morais nunca viu o seu nome nas convocatórias seguintes, duas para Abidjan e uma para Luanda.

"Nunca me senti tão desrespeitado como tenho sido. São muitas inverdades. Sou jogador profissional desde os 17 anos, dei sempre o melhor em prol de Angola e sinto-me desmotivado", desabafou.

Fonte: Jornal de Angola

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