Agostinho Van-Dúnem promete trabalhar para maior aproximação dos cidadãos



"Vamos reforçar o trabalho com as associações comunitárias, de modo a estarmos presentes na vida dos angolanos, mas também aproveitar as nossas comunidades para atingirmos os nossos objectivos políticos e diplomáticos”, disse aos jornalistas à margem do IX Conselho Consultivo Alargado do Ministério das Relações Exteriores.

Recém-nomeado pelo Presidente da República para chefiar a missão diplomática nos Estados Unidos, Agostinho Van-Dúnem avançou a pretensão de explorar outros sectores catalisadores para atender um dos principais objectivos da diplomacia económica.

Sem entrar em pormenores, apontou a mobilização de investimento estrangeiro para o país, através da promoção do turismo económico e da cultura. A troca de experiência neste sentido, salientou, pode ser um factor inovador na mobilização de recursos para Angola.

Questionado sobre o novo desafio, o embaixador disse haver um conjunto de matérias com as quais é tradicional a cooperação entre os dois Estados, com realce para as questões de paz e segurança, bem como o comércio mundial. Nisto, Angola pretende continuar a interagir com a administração americana e ver crescer as vantagens mútuas entre ambos.

Por outro lado, acrescentou, ainda no quadro da matéria de paz e segurança mundial, Angola vai continuar a ser um Estado que defende a resolução de conflitos por via do diálogo.

"Esperamos colaborar e receber a colaboração e a compreensão dos Estados Unidos da América”, ressaltou.

Quanto ao número de angolanos residentes nos Estados Unidos da América, Agostinho Van-Dúnem estimou que, neste momento, só no estado de Washington tem aproximadamente 200 compatriotas. 

"Vamos fazer agora esse trabalho de actualização do número de angolanos residentes em diferentes estados e manter uma política de maior informação. Vamos, também, procurar neste meu mandato melhorar a comunicação para que todos possam acompanhar aquilo que vai ser o trabalho da nossa missão diplomática”, referiu em relação aos outros estados.

Sobre a situação da comunidade angolana nos Estados Unidos da América, Agostinho Van-Dúnem disse ter noção geral de que tem havido um trabalho mais intenso de aproximação.

"As Embaixadas têm estado mais próximas, mas não significa que não temos que fazer mais. Continua a haver ainda problemas e necessidades das Embaixadas e os consulados aproximarem-se dos cidadãos para resolver os problemas que muitas vezes têm a ver com a estadia dos cidadãos. Há países, por exemplo, em que os cidadãos vivem situações precárias, devido à situação migratória”, admitiu.

Quanto ao funcionamento das missões diplomáticas, um assunto levantado pelo Presidente da República, na abertura do Conselho Consultivo, tendo defendido uma gestão mais parcimoniosa dos recursos e por mais apoio às comunidades angolanas, Agostinho Van-Dúnem disse que, do ponto de vista de gestão, "os Estados Unidos da América estão bem”.

"Diria, de forma geral, que as missões diplomáticas melhoraram. Este trabalho de gestão mais parcimoniosa e melhor gestão do nosso património tem vindo a ser feito já há alguns anos a esta parte”, reconheceu.

O património além-fronteiras, reforçou, também foi objecto de uma reavaliação, de modo que se torne em peça essencial para o desempenho das funções das missões diplomáticas.

"Vamos continuar nesta senda a gerir cada vez melhor os recursos públicos e a torná-los mais eficientes para aquilo que são os objectivos que pretendemos alcançar”, concluiu o embaixador Agostinho Van-Dúnem.

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