Angola passa a utilizar nova vacina contra o cancro do colo do útero

O Ministério da Saúde passa a utilizar, no final do mês de Maio, uma nova vacina contra o cancro do colo do útero, para reduzir os casos elevados dessa doença, informou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

Carlos Pinto de Sousa disse que o reforço de algumas vacinas e a implementação de outras, essenciais para muitos doentes, constam entre as prioridades do ministério. O país, acrescentou, financia, desde 2018, com 100 por cento do OGE, os custos de aquisição de vacinas. "Os depósitos de vacinas centrais e provinciais foram modernizados e contam com um sistema de controlo remoto de temperatura”, referiu.

Em 2011, adiantou, foram incluídas no calendário nacional de vacinação 11 vacinas novas, que permitiram proteger a população contra 15 doenças, algumas delas muito frequentes no país.

A nível das unidades sanitárias, salientou, foi renovada e modernizada  a maioria dos equipamentos de conservação de vacinas, com a entrada em funcionamento de arcas modernas, alimentadas por energia solar.

 Crianças sem doses

O secretário de Estado para a Saúde Pública lamentou, ontem, o facto de o país possuir mais de 500 mil crianças sem nenhuma dose de vacina, tanto em áreas rurais como urbanas.

Carlos Alberto de Sousa referiu, durante um encontro sobre a Semana Africana de Vacinação, que o número de crianças por vacinar no país ainda é preocupante. "Há a necessidade de se acelerar a vacinação no país, para promover o desenvolvimento saudável das crianças”.

O objectivo da campanha de vacinação, realçou, é proteger as pessoas de todas as idades contra doenças preveníveis. "Em relação ao número de pessoas a serem vacinadas há vacinas suficientes para atender toda a população, durante o calendário nacional de vacinação”, destacou, além de explicar que na campanha pretende-se usar todas as estratégias, com equipas móveis e fixas, para irem ao encontro da população em todos os locais.

Semana africana

Carlos Alberto de Sousa disse que, para este ano, a Semana Africana de Vacinação decorre de 24 a 30 de Abril, sob o lema "População vacinada, população saudável”, proposto pela Organização Mundial Saúde (OMS) e assumido por Angola. 

A escolha do tema, destacou, vem mostrar a importância de se assegurar o aumento da cobertura nacional de vacinação e reduzir as doenças imuno-preveníveis. 

O director provincial da Saúde, Manuel Varela, reiterou o total compromisso para fortalecer o programa de vacinação a nível da província de Luanda, privilegiando as crianças menores de um ano e as mulheres em idade fértil.

O representante do UNICEF, José de Brito, disse que a campanha de rotina de vacinação africana vai ajudar Angola a aumentar o fortalecimento no sistema de imunização de rotina. "É possível reverter o quadro, porque grande parte dos investimentos do país estão a ser feitos para baixar, significativamente, o número de crianças por vacinar”, concluiu.

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