China põe fim a exercícios militares à volta de Taiwan

 

A China anunciou, segunda-feira, que “concluiu com sucesso” os exercícios militares em torno de Taiwan, iniciados no sábado, em resposta ao encontro da líder da ilha com o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano.


O Comando Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular informou, através da sua conta na rede social Wechat, que "testou, conscientemente, as suas forças em condições reais de combate" e "cumpriu várias tarefas de preparação para combater”. "As tropas estão prontas para lutar a qualquer momento”, disse o porta-voz do comando, Shi Yi, acrescentando que as forças estão preparadas para "esmagar resolutamente qualquer forma de separatismo e tentativas de interferência estrangeira".

As manobras centraram-se em simular um "bloqueio marítimo" à ilha, informou o Ministério da Defesa chinês, através de um comunicado publicado no seu portal oficial. O exército chinês enviou dezenas de caças e navios de guerra para próximo de Taiwan, nos últimos dias, após o encontro na passada quarta-feira entre a presidente da ilha, Tsai Ingwen, e o líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy, na Califórnia.

A China disse ainda que mobilizou caças com "munição real" e o porta-aviões Shandong para executarem "ataques simulados" em alvos importantes de Taiwan.

As embarcações militares chinesas estavam activas no Noroeste, Sudoeste e Leste de Taiwan, cercando o território insular. O Ministério da Defesa de Taiwan condenou as manobras da China, descrevendo-as como "um acto irracional que põe em risco a segurança e a estabilidade regional". No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o Governo nacionalista de Chiang Kai-shek.

Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês. Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.

  Rússia apoia as manobras de Pequim

A Rússia declarou, ontem, total apoio às manobras militares conduzidas pela China em torno de Taiwan, afirmando que Pequim foi vítima de muitas acções de "provocação". "Num período muito curto de tempo, testemunhámos muitas acções de provocação contra a República Popular da China”, declarou o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitry Peskov, na sua habitual conferência de imprensa diária por telefone.

"E, claro, a China tem o direito soberano de responder a estas acções de provocação de várias maneiras, incluindo exercícios militares em estrita conformidade com o direito internacional”, sublinhou o porta-voz russo.

Peskov afirmou ainda que "todos devem respeitar o direito da China, assim como de outros países, de agir desta maneira”.

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