O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) vai dar início ao censo piloto da população e habitação no dia 19 de Julho de 2023, em sete províncias do país, revelou, quinta-feira, em Luanda, o director-geral adjunto da instituição.
De acordo com o director, o censo piloto consiste na avaliação e capacitação dos técnicos do INE, a fim de analisar os prós e os contras antes da realização, no próximo ano, na mesma data, do Censo oficial.
O Censo Geral 2024, referiu, segue o curso normal e se encontra neste momento na fase de actualização cartográfica, cujo encerramento está previsto para Dezembro deste ano.
O processo de actualização cartográfica, explicou, tem como finalidade, rever a malha delimitada antes da implementação do último censo.
Para ser mais extensivo e eficiente, informou, decorre um procedimento de selecção de cartógrafos e motoristas, com o objectivo de agregar a capacidade ao trabalho e assegurar que o processo seja mais congregador em todo o território nacional.
O director-geral adjunto considerou a Consulta Pública, uma actividade que se reveste de muita importância, tendo como parceiro o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), que está para certificar e garantir o suporte técnico do projecto de recenseamento.
O Instituto Nacional de Estatísticas, adiantou, estima o dobro da densidade populacional registada em 2014. "De acordo com as estimativas que foram feitas no censo passado até 2050, prevemos que neste censo actual tenhamos em todo o país mais de 34 milhões de habitantes”, disse, concluindo que o próximo censo vai servir para conferir se os pressupostos assumidos pelo INE continuam consistentes.
Durante o acto, Hernany Luís apresentou um estudo comparativo entre o censo de 2014 e o actual, no qual a diferenciação esteve no facto de o programa passado ter sido acompanhado num formato analógico, enquanto o recente traz uma componente digital.
Fundo das Nações Unidas para a População promete ajuda técnica e logística ao país
O representante do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) prometeu apoiar Angola, do ponto de vista técnico e logístico, durante todo o processo do Censo Populacional a ser realizado em Julho do próximo ano, que vai permitir saber o número de habitantes e as características sócio-culturais de cada grupo, com a respectiva faixa etária.
Mady Biaye fez esses pronunciamentos durante a Consulta Pública realizada pelo Instituto Nacional de Estatística, ontem, cujo tema central foi "O Recenseamento Geral da População e Habitação”.
"Somos parceiros-chave do Instituto Nacional de Estatística e do Governo de Angola, na implementação do Censo Populacional. O Fundo das Nações Unidas para a População é o organismo que normalmente cobre este tipo de actividade, por isso, trabalhamos junto com o INE, de forma a garantir todo o apoio técnico e logístico para que o processo decorra na normalidade”, disse.
Para esse processo, assegurou, estão acauteladas as condições humanas e tecnológicas que vão viabilizar a execução do registo demográfico em todo o território nacional.
Dados históricos
Em 1983, houve uma tentativa de realização do primeiro Censo Populacional de Angola Independente, mas, este fracassou, devido ao contexto político na época. 21 anos depois, em 2014, foi possível, conhecer a população total, que era de 24 milhões de habitantes, conforme os dados fornecidos pelo INE.