De acordo com o governante, o relatório preliminar aponta que quatro dos 12 pilares que sustentam o edifício estão falidos e considerou a situação grave, pois o mesmo pode desabar a qualquer momento. Mário Ndeitunga explicou que a decisão tomada pelo Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, bem como a Administração Municipal de Luanda, é a evacuação imediata das 41 famílias que moram no edifício em três horas. "A meta é evacuar as 41 famílias evacuadas o mais urgente possível, para se fazer o muramento dos pilares e trabalharmos para reforçar os pilares nas próximas horas”.
O vice-governador garantiu que os moradores podem regressar ao edifício, se o LEA e a Direcção Nacional dos Edifícios considerarem que retorno é seguro.
Depois da saída de todos os moradores, a Polícia Nacional vai garantir a segurança dos bens, até que a situação seja resolvida.
Quanto ao alojamento das 41 famílias do edifício, Cristino Mário Ndeitunga assegurou que o Governo da Província de Luanda vai "fazer as diligências necessárias”. Filomena José, moradora do edifício há 12 anos, disse que ela e os vizinhos foram surpreendidos por um tremor geral em todo o edifício, por volta das 12 horas de ontem.
De acordo com a moradora, a Comissão de Moradores accionou, de imediato, a Polícia e o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, bem como as autoridades da administração municipal e da província que estão a tomar as medidas.
Filomena disse ter "boas memórias do edifício”, onde o esposo cresceu até se juntarem para formar uma família que inclui um casal de filhos. "Os meus dois filhos nasceram mesmo aqui, o primeiro está com 10 e a segunda com seis anos”, referiu.
Vado Hilário, o esposo de Filomena José, explicou que a maior preocupação nesta altura passa por abrigar a família que não esperava por uma situação desta natureza, apesar do mau estado do edifício.