A exposição “The Power of My Hands” (o poder das minhas mãos) será exibida em Luanda, cuja inauguração está prevista para quinta-feira, dia 20, às 18H, no Museu de História Natural.
Segundo a nota de imprensa, as artistas apresentadas nesta edição são de países africanos de língua inglesa e portuguesa, nomeadamente Gabrielle Goliath, Keyezua, Lebohang Kganye, Kapwani Kiwanga, Senzeni Marasela, Wura-Natasha Ogunji, Reinata Sadimba, Lerato Shadi, Ana Silva e Buhlebezwe Siwani. Quanto a novidades, esta edição conta com a participação de três artistas locais que no seu trabalho reflectem sobre os mesmos temas, nomeadamente Indira Mateta, Pamina Sebastião e Iris B. Chocolate. No geral, os trabalhos em exposição incluem cerâmica, fotografia, vídeo, performance e têxtil e engajam a ideia de materialidade, quer a partir da sua produção manual, quer pelos próprios materiais utilizados.
"As artistas em exposição criam obras a partir de elementos inspirados na sua vida quotidiana e familiar, ao mesmo tempo que reivindicam o valor histórico e político do seu trabalho. As identidades culturais e as histórias pessoais dessas mulheres reflectem as suas condições de vida e as suas expectativas. Algumas actividades do universo doméstico, antes associadas ao tédio, ao apagamento, à paciência, têm sido transformadas pela prática artística. Como resposta à nossa sociedade que valoriza a eficiência e a rapidez de execução, a lentidão inerente às técnicas escolhidas pelas artistas parece uma libertação”, lê-se.
"The Power of My Hands” é uma exposição que celebra a energia e as estratégias implementadas por quem consegue criar através do "poder das suas mãos” um "território” que ultrapasse o silêncio e a invisibilidade que por muito tempo prevaleceram. A nota de imprensa pontua que maioria das obras aqui apresentadas expressa esse entrelaçamento entre memória, família, tradição, espiritualidade e imaginação.
"Assim, a exposição questiona o modo como o registo íntimo (corpo, sexualidade, emoções, auto-representação, maternidade, relações intergeracionais, práticas tradicionais, crenças espirituais) pode refletir o espaço público, abordando a complexidade das relações sociais e o papel das mulheres neste equilíbrio. Se o continente africano aqui fornece uma estrutura para práticas e histórias femininas, essas experiências podem ser implantadas de modo mais amplo, além da sua geografia exclusiva”, sublinha a organização.
As artistas apresentadas nesta exposição são de países africanos de língua inglesa e portuguesa são Gabrielle Goliath, Keyezua, Lebohang Kganye, Kapwani Kiwanga, Senzeni Marasela, Wura-Natasha Ogunji, Reinata Sadimba, Lerato Shadi, Ana Silva e Buhlebezwe Siwani.