Ordenados suspensos no Cuanza-Norte
Cento e 92 pensionistas, entre reformados e de sobrevivência, dos 4.130 controlados na província do Cuanza-Norte viram suas pensões suspensas desde o ano passado, por falta da actualização da prova de vida, informou o chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Honório Guiho.
Devidamente identificados, disse, os mesmos pensionistas já apresentaram as suas reclamações junto da instituição a fim, e dentro de pouco tempo, receberem os seus ordenados completos.
O responsável disse que os pensionistas têm um prazo de 60 dias para fazer a sua prova de vida, para tal, os técnicos do INSS têm estado sempre que possível a passar informações sobre as actualizações deste processo, mais acrescenta que para aqueles reformados que estão nas condições de doentes e em conflitos com a lei, os técnicos vão ao seu encontro para solucionar a situação.
Revelou que nos últimos três meses, os especialistas provinciais do Instituto Nacional de Segurança Social no Cuanza-Norte, realizaram um total de 427 provas de vida ao domicílio.
Revelou que dos 4.130 pensionistas controlados, nem todos fizeram a prova de vida por que no início da pandemia da Covid-19 o INSS tomou a iniciativa de suspender esta actividade aos seus assegurados, por força dos riscos que os mesmos corriam, tendo o processo retomado apenas em Abril do ano passado.
De acordo com Honório Guiho, em todo território do Cuanza-Norte regista-se uma média diária, de quatro solicitações para reforma, que considerou de baixo volume e só acontece pelo facto dos trabalhadores nestas condições de reforma, muitos deles afectos à Educação e Saúde, deixarem de solicitar os serviços do INSS, por garantia de alguns grupos sindicais que prometem lutar para melhorias dos seus salários.
"O INSS não tem montado o sistema para reforma automática, a reforma pressupõe da vontade da parte do segurado (trabalhador) ou a iniciativa pode partir da entidade patronal, um exercício que depende muito das duas partes”, fundamentou.
Segundo o responsável, hoje o Estado não faz pagamento das pensões de reforma e de sobrevivência à mão, todo processo é feito via banco, principalmente o BPC onde o INSS tem a sua maiores reservas líquidas, por outro lado, há quem prefere outras dependências bancárias de acordo o interesse de cada um.
Honório Guiho informou que a instituição que dirige controla um total de 2.991 empresas inscritas no Instituto Nacional de Segurança Social, entre públicas e privadas, com o universo de mais de 47.927 assegurados em toda a província.
Sem avançar números, realçou que há muitas empresas devedoras, principalmente as ligadas à construção civil de nacionalidade chinesa, mas as diligências continuam de modo a melhor se apurar os reais valores em dívida.