Ordenados suspensos no Cuanza-Norte

 

Ordenados suspensos no Cuanza-Norte

André Brandão| Ndalatando

Cento e 92 pensionistas, entre reformados e de sobrevivência, dos 4.130 controlados na província do Cuanza-Norte viram suas pensões suspensas desde o ano passado, por falta da actualização da prova de vida, informou o chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Honório Guiho.

Em entrevista ao Jornal de Angola, Honório Guiho explicou que as pessoas nessas condições ficaram sem receber os seus salários de reforma e de sobrevivência por negligência, furtarem-se em comparecer para fazerem a prova de vida, que é geralmente feita no seu dia de aniversário.

Devidamente identificados, disse, os mesmos pensionistas já apresentaram as suas reclamações junto da instituição a fim, e dentro de pouco tempo, receberem os seus ordenados completos.

O responsável disse que os pensionistas têm um prazo de 60 dias para fazer a sua prova de vida, para tal, os técnicos do INSS têm estado sempre que possível a passar informações sobre as actualizações deste processo, mais acrescenta que para aqueles reformados que estão nas condições de doentes e em conflitos com a lei, os técnicos vão ao seu encontro para solucionar a situação.

Revelou que nos últimos três meses, os especialistas provinciais do Instituto Nacional de Segurança Social no Cuanza-Norte, realizaram um total de 427 provas de vida ao domicílio.

Revelou que dos 4.130 pensionistas controlados, nem todos fizeram a prova de vida por que no início da pandemia da Covid-19 o INSS tomou a iniciativa de suspender esta actividade aos seus assegurados, por força dos riscos que os mesmos corriam, tendo o processo retomado apenas em Abril do ano passado.

De acordo com Honório Guiho, em todo território do Cuanza-Norte regista-se uma média diária, de quatro solicitações para reforma, que considerou de baixo volume e só acontece pelo facto dos trabalhadores nestas condições de reforma, muitos deles afectos à Educação e Saúde, deixarem de solicitar os serviços do INSS, por garantia de alguns grupos sindicais que prometem lutar para melhorias dos seus salários.

"O INSS não tem montado o sistema para reforma automática, a reforma pressupõe da vontade da parte do segurado (trabalhador) ou a iniciativa pode partir da entidade patronal, um exercício que depende muito das duas partes”, fundamentou.

Segundo o responsável, hoje o Estado não faz pagamento das pensões de reforma e de sobrevivência à mão, todo processo é feito via banco, principalmente o BPC onde o INSS tem a sua maiores reservas líquidas, por outro lado, há quem prefere outras dependências bancárias de acordo o interesse de cada um.

Honório Guiho informou que a instituição que dirige controla um total de 2.991 empresas inscritas no Instituto Nacional de Segurança Social, entre públicas e privadas, com o universo de mais de 47.927 assegurados em toda a província.

Sem avançar números, realçou que há muitas empresas devedoras, principalmente as ligadas à construção civil de nacionalidade chinesa, mas as diligências continuam de modo a melhor se apurar os reais valores em dívida.

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