Gong Tao referiu que Angola e a China partilham valores que "estão a beneficiar, mutuamente, os dois Estados, e ajudam a alcançar o progresso socio-económico”, numa fase em que Angola procura diversificar a sua economia, buscando experiência chinesa.
Segundo o diplomata chinês, que falava à imprensa no final da audiência com a Vice-Presidente da República, a cooperação com Angola não vai parar apenas nos domínios diplomático, comercial e tecnológico, mas sim, pode ser alargada em outros áreas, consideradas essenciais e de extrema importância para o desenvolvimento sócio-económico.
A China, frisou Gong Tao, sente-se satisfeita não só pelas "boas relações” com Angola, mas também por ter participado na reconstrução nacional, cuja presença permitiu a edificação de várias infra-estruturas estratégicas que estão a contribuir para o crescimento económico.
Relativamente ao financiamento de infra-estruturas estratégicas em Angola, Gong Tao referiu que a China vai continuar a financiar os projectos em curso, nomeadamente a Central Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, o Novo Aeroporto Internacional de Luanda Dr, Agostinho Neto, e outros investimentos nas áreas da economia nacional.
Segundo as estatísticas referentes ao ano passado, frisou o diplomata chinês, o volume bilateral do comércio entre Angola e China atingiu cerca de 27,3 mil milhões de dólares, sendo Angola o segundo maior parceiro económico chinês em África, depois da África do Sul.
Há dez anos, disse Gong Tao, a China tornou-se no maior parceiro económico de Angola em todo mundo, criando, assim, uma cooperação de partilha de experiências, bem como a transferência de "know how” nas tecnologias e das reformas que a China usou para atingir o desenvolvimento.
Cooperação tecnológica
O embaixador da China em Angola informou que a Huawei construiu um novo parque tecnológico, no Talatona, que, além de dar emprego a jovens, vai também fazer parceria com vários ministérios e entidades económicas para dar cursos intensivos em tecnologias.
Por outro, frisou Gong Tao, o novo parque da Huawei vai também dar formação aos jovens talentos de Angola, com o objectivo de contribuir na capacitação sobre utilização das tecnologias modernas.
De acordo com o diplomata chinês, o seu Governo vai continuar a oferecer bolsas de estudo para os jovens angolanos a fim de fazerem cursos nas universidades da China, em Física, Matemática, Telecomunicações, Engenharia Civil, Informática e Medicina.
Conflitos internacionais
No encontro mantido com a Vice-Presidente da República de Angola, ressaltou Gong Tao, falamos dos vários conflitos que ocorrem em diferentes regiões do mundo.
O embaixador referiu que a China está a "desenvolver planos de paz que possam ajudar a acalmar os conflitos”.
Gong Tao disse que o mundo está a viver uma conjuntura internacional de conflito. Por isso, Angola e a China devem ser promotoras da paz. "Tanto a China como Angola são países que amam a paz e sabem quanto sofrimento provoca uma guerra civil”, afirmou.
O chefe da missão diplomática chinesa disse que as duas nações vão continuar a promover a paz, pela sua relevância, pela essência e o valor que têm, cuja existência e preservação permitem a estabilidade, o progresso e o desenvolvimento para todos os povos.
Em relação à mediação do Presidente da República, João Lourenço, na pacificação da Região dos Grandes Lagos, o embaixador chinês disse que o seu Governo apoia de forma unilateral e multilateral todas as acções africanas que promovam a paz e o bem-estar das populações.