Charme e elegância marcam estreia de Angola e da Itália



Elegância e charme são as características de jovens de 25 de Setembro. Quem se deslocar nesse dia ao Arena de Coliseum na capital das Filipinas terá a oportunidade de ver "um libriano". É o dia de estreia da selecção nacional na 19ª edição da Copa do Mundo de Basquetebol sénior masculino diante da Itália.

Inserido no Grupo A, a equipa liderada por Pepe Clarós vai a Manila com a missão mais ambiciosa: obter a melhor classificação de sempre. Até ao momento, a nona posição alcançada na edição de 2006 é o registo de "luxo”.


Para alcançar o desiderato, terá de despachar os anfitriões, Itália e a República Dominicana. Filipinos, italianos e dominicanos são "ossos duros" de roer. São selecções constituídas por atletas com melhor desempenho nas competições mais fortes que o Unitel Basket, a praça do grosso de potenciais convocados de Angola.

O seleccionador nacional Pep Clarós prevê dificuldades por que passará os angolanos e manifestou preocupação em declarações prestadas ao Jornal de Angola, após o sorteio no palco de jogos.

"Feliz ou infelizmente, calhámos num grupo extremamente complicado face às potencialidades dos nossos adversários da fase preliminar da Copa do Mundo da Ásia", disse.

O espanhol está ciente de que só o milagre ditará a vitória à equipa angolana. E explica: "O desafio com o país anfitrião será de elevado grau de dificuldades. A jogar num pavilhão de 23 mil espectadores a apoiar a selecção de casa, seguramente, não será um jogo fácil para nós".

Pep Clarós aclarou que a força dos anfitriões está na presença dos "naturalizados”. A Filipina atribuiu naturalização a vários jogadores norte-americanos, muitos dos quais contam com história na NBA (National Basketball Association - a maior liga de basquetebol do mundo).

"Alguns estão a actuar na NBA”, avisou.

Para as selecções europeia e das antilhas, o seleccionador está consciente de que será necessário "rejuvenescer” Jean Jacques da Conceição para partir a tabela "outra vez”. A força dos dominicanos é superior a dos angolanos.

"A República Dominicana eliminou a poderosa Argentina em casa; tem jogadores de elevada qualidade a jogar na NBA, D-League e em Espanha. O mesmo se pode dizer da Itália, a 10ª classificada no Ranking Mundial, que venceu a actual campeã mundial, a Espanha, recentemente. Detém jogadores influentes como Gallinari, Melli, Datome, Fontechio, Mannion, dentre outros, que constituem as principais referências daquela selecção europeia”, admitiu.

Sem margem para erros, o seleccionador nacional só tem uma direcção: seguir a Manila com uma equipa coesa e capaz de inverter as tendências de favoritismo dos adversários.

"Vamos preparar-nos para lutar, independentemente do valor de cada um deles; procuraremos formar uma selecção competitiva”, prometeu.

Para alcançar níveis equilibrados, apelou à Federação Angolana de Basquetebol (FAB) a criar as melhores condições de trabalho, à semelhança do que acontece nos últimos tempos.

"Espero que a direcção da FAB volte a proporcionar-nos as melhores condições de trabalho, porque queremos realizar uma boa campanha no Mundial da Ásia”, augura.

Africanos jogam em Manila, Okinawa e Jakarta

A Copa do Mundo de basquetebol sénior masculina é disputada em três países asiáticos: Japão, Filipinas e Indonésia. A festa dos representantes africanos acontece em três cidades.

Os angolanos estão na série A na cidade de Manila, capital das Filipinas, com os anfitriões, República Dominicana e Itália. A Arena de Coliseum é também palco de outros três grupos: B, C e D.

A competição mundial da Ásia conta com as presenças de dois estreantes africanos. Trata-se das selecções do Sudão do Sul e de Cabo Verde. A primeira foi inserida no Grupo B ao lado da Sérvia, República Popular da China e Porto Rico. A possibilidade de uma vitória só no jogo com a China.

Cabo Verde "foi enviada” à cidade de Okinawa, Japão, palco do Grupo F. A equipa de Emanuel Trovoada vai defrontar a Eslovénia, Geórgia e Venezuela.

Outros africanos são a Côte d'Ivoire e Egipto. Os ivoirenses estão inseridos no Grupo G ao lado de Irão, Brasil e Espanha, campeã em título, em Jakarta, Indonésia. Os egípcios preenchem o Grupo D com México, Montenegro e Lituânia.

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