Petro de Luanda bate Tigers e encurta caminho para final


Com 15 pontos do extremo Gerson Lukeny, Petro de Luanda derrotou, este domingo, no Pavilhão Dr. Hassan Moustafa, no Cairo, Egipto, o Cape Town Tigers da África do Sul por 87-48 em desafio pontuável para a terceira jornada da Conferência Nilo da Basketball Africa League.

O vice-campeão está a uma vitória de garantir a presença na fase final da maior competição de clubes de África, a decorrer de 21 a 28 do corrente em Kigali, capital de Rwanda.


O potencial dos petrolíferos ficou por demais evidente com muita arte e engenho. As vitórias nos três jogos disputados são amostras que vieram para esta fase preliminar terminar no topo.

A transição rápida e a circulação de bola foram as notas mais evidentes no jogo colectivo no embaixador angolano, com vários argumentos para contrapor os Tigres da Cidade de Cabo. O resultado no primeiro quarto (26-12) espelha bem a superioridade do Petro.

O semblante no banco dos Tigers era a incredulidade, pois estavam sem soluções para abrandar a avalanche ofensiva dos vice-campeões continentais que passeou toda a classe e justificou a apetência para marcar presença em Kigali. As variações defensivas e pressão ao adversário com a bola deixaram os sul-africanos sem acção.

A equipa da equipa das terras de Nelson Mandela não teve espaço nem tempo para colocar em prática o esquema táctico, apesar das diferentes variações ofensivas implementadas pelo técnico Rasheed Abdulrahman, que se limitou em defender mais do que atacar.


O segundo quarto foi uma repetição do primeiro. José Neto aproveitou para dar mais tempo aos jogadores menos utilizados e também para ensaiar as mais diferentes variantes ofensivas, com os olhos postos nos próximos desafios.

O domínio voltou a prevalecer, num jogo com sentido único. Para aumentar a dor-de-cabeça de Abdulrahman, os jogadores do cinco inicial faziam faltas como recurso para travar os jogadores do Petro.

Ao cabo dos 10 minutos, rigorosamente cronometrados, a equipa angolana dilatou a vantagem ao intervalo para 48-24. No parcial, converteu 22 pontos e sofreu 12. Era um resultado folgado para a satisfação de José Neto.

Os petrolíferos continuaram a passear na quadra, sem dar espectáculo, mas com uma boa percentagem de lançamentos de longa distância. O técnico brasileiro fazia as substituições sempre que via preocupação com a quebra de rendimento colectivo. A equipa conseguia manter a verticalidade ofensiva. A exibição do Petro foi de longe melhor em relação ao adversário.

No terceiro quarto, notou-se um claro abrandamento ofensivo, mas não deixou escapar a terceira vitória consecutiva (87-48) que pecou pela escassez de números a julgar pela pouca resistência oferecida pelo Cape Town Tigers da África do Sul.

Apesar de ter marcado muitos pontos, Ater Majock deu boa conta de si; era muito forte a jogar de costas para o cesto, conseguiu desequilibrar sempre que atraísse dois defensores e assistia um companheiro livre de marcação.

Os árbitros indicados para a presente edição da BAL continuam a ser o elo mais fraco com muitas decisões equivocadas, apesar de ostentarem a insígnia da FIBA.

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