A província de Luanda conseguiu cadastrar, em 24 horas, 2.624 vendedoras, no quadro do Programa de Reordenamento do Comércio, informou, ontem, a porta-voz da organização.
Nádia Neto disse que das 2.624 vendedoras, 405 foram inseridas, na última segunda-feira, no Mercado de São Paulo. "Hoje, elas já estão a comercializar ali os produtos”, adiantou, além de explicar que as demais foram encaminhadas para os mercados da Chapada, no bairro Marçal, e outros do município de Luanda.
O recadastramento, informou, vai continuar. A iniciativa, acrescentou, está a permitir que as empresas de limpeza possam trabalhar à vontade, sem os habituais contratempos causados pela venda informal. "Temos agora melhores condições para reorganizar o trânsito e fazer a recolha atempada dos resíduos sólidos”, disse.
O município de Luanda, destacou, tem mais de quatro mil vendedoras. "A meta é registar até seis mil vendedoras. Temos um número suficiente de bancadas a nível de todos os mercados de Luanda”.
Todas as vendedoras, esclareceu, vão ser acomodadas nos vários mercados da capital, desde que façam o devido cadastramento. "A estratégia é lotarmos as bancadas de um determinado mercado e depois passarmos para outros, até colocar todas as vendedoras nestes espaços”.
Nádia Neto lamentou, também, o acto de vandalismo ocorrido, na última segunda-feira, dia 22, com um dos agentes de fiscalização. "O agressor já se encontra detido e nos próximos dias vai ser encaminhado ao tribunal para julgamento sumário”.
Mercados prontos para receber vendedoras
A porta-voz do Programa de Reordenamento do Comércio adiantou ainda que as condições estão criadas para colocar todas as vendedoras inscritas nos mercados de Luanda. "Temos espaço para acomodar o grosso das cadastradas, inclusive as que ainda não estão inseridas no processo de cadastramento”.
A estratégia, explicou, é esgotar as bancadas de um determinado mercado e seguir para outro. "O mercado seguinte é o do Cazenga, município mais próximo do de Luanda, que tem mais de 30 mil lugares. Só depois de lotado esse espaço é que vamos encaminhar as vendedoras para os mercados dos sete municípios da província”, destacou.
A maioria das vendedoras que acorre aos mercados do município de Luanda, explicou, são provenientes de outros pontos da capital, como Belas, Cacuaco, Cazenga, Viana. "A maioria tem as próprias preferências das zonas onde vender. Vamos respeitar isso e pedir para decidirem onde é que querem ficar. A ideia é interagir com as vendedoras e dar mais oportunidades de escolha”, disse.
Comerciantes já exercem a actividade
Albertina Narciso, vendedora há mais de dez anos, afirmou que o processo de cadastramento foi rápido. Depois da inscrição, contou, foi chamada e posteriormente inserida no mercado. "Não foi preciso desembolsar nenhum valor monetário. Além disso, vender dentro do mercado é mais seguro, a pessoa fica protegida do sol. Por isso, aconselho a maioria das pessoas a participar na acção e inscrever-se no programa”.
Outra vendedora, Esperança José, que vendia na rua, fez o cadastro ontem e em menos de 24 horas foi chamada para exercer a actividade. "Estou muito feliz. Vender dentro do mercado é bem melhor”, frisou.
Fonte: Jornal de Angola
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