Os operadores de telecomunicações nacionais vão poupar mensalmente cerca de 20 milhões de dólares com as operações do Angosat-2, desde a entrada do processo de comercialização, revelou, terça-feira, em Luanda, o director do Centro de Controlo e Missões de Satélites do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).
Amaro João, que falava durante a abertura da Feira das Tecnologias, organizada pela Universidade Católica de Angola (UCAN) e que termina hoje, em saudação ao 17 de Maio, Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação, disse que "desde Fevereiro, o Angosat-2 entrou no processo de comercialização e está a ser usado por operadores nacionais, o que vai permitir que se possam internamente realizar os pagamentos em moeda nacional".
O responsável garantiu que, com o funcionamento do Angosat-2, estão criadas as oportunidades para os operadores locais fazerem o aproveitamento do equipamento como infra-estrutura utilizada para as próprias redes, isto é, com a existência da fibra óptica no país.
O gestor lembrou que o Angosat-2 apresenta uma infra-estrutura que se encontra disponível para os operadores nacionais e para as transmissões e recepção dos conteúdos produzidos pelas redes.
Amaro João afirmou que os desafios consistem na continuação e no asseguramento do funcionamento pleno dos equipamentos por via do satélite, de modo a continuar a disponibilização dos serviços. O quadro sénior do GGPEN lembrou que o Angosat-2, na actual fase de comercialização, tem levado os operadores nacionais e internacionais a manifestarem interesse na utilização do satélite como parte da infra-estrutura de telecomunicações.
O lado académico
O vice-decano da Universidade Católica de Angola (UCAN), Lundoloca Garcia, disse que a Feira de Tecnologia veio para responder às necessidades existentes, tendo como foco o processo de ensino e investigação científica da instituição.
O vice-decano lembrou que a Feira das Tecnologias decorreu no âmbito da semana Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação e do ramo da investigação, com apresentação dos trabalhos realizados pelos estudantes, no domínio da investigação científica, durante o presente Ano Académico.
"A Faculdade de Engenharia não está apenas a trabalhar para o ensino, mas também para a Investigação Científica e para a extensão do processo de ensino e aprendizagem da Universidade”, disse.
José Tomás, estudante do 1º Ano do curso de Telecomunicações e Computação, afirmou que a Feira apresenta uma perspectiva diferente daquilo que se vive na sala de aula, é um aprendizado muito importante.
"A Feira, a decorrer, apresenta-nos uma prática das tecnologias com capacidade de transmitir informação importante com rapidez e a partir de grandes distâncias, preenchendo o vazio do tempo e do espaço”, explicou.
O finalista do curso de Engenharia e Computação João Neto encara a Feira como oportunidade para os serviços de telecomunicações por serem, actualmente, uma realidade no país.
"O país encontra-se num patamar de excelência a nível do continente africano nos serviços de telecomunicações, com inclusão digital em que o usuário tem a possibilidade de se incluir e actuar na rede de computadores”, explicou.
O evento contou com a apresentação de temas ligados ao Angosat-2, sustentabilidade e oportunidades para o país com este satélite.
Fonte: Jornal de Angola
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