O Petro de Luanda revalidou, nesta quinta-feira, o título da Taça dos Vencedores das Taças em andebol sénior feminino, ao derrotar, por 20-17, o 1º de Agosto, na final disputada no Pavilhão Al Ahly, na cidade do Cairo, Egipto.
Com o triunfo, as petrolíferas somam a décima primeira taça, a sétima consecutiva, e detêm o recorde de conquistas da prova sob a égide da Confederação Africana de Andebol (CAHB). Em "duelo” de gigantes, pois trata-se das duas melhores equipas do continente, a vitória cingiu-se aos detalhes.
A vitória do Petro começou a ser desenhada aos 13 minutos da segunda parte, numa altura em que as pupilas de Vivaldo Eduardo venciam por 15-12. A partir daquele momento impediram as militares de igualar o marcador.
Numa partida de ritmo intenso, as oponentes entraram motivadas em mostrar o melhor do andebol africano, relativamente ao feminino, e desta forma conquistar o ceptro.
Decorridos seis minutos, 5-2 a favor das tricolores. Na primeira linha, as laterais Tcheza Pemba e Suzeth Matias e a central Shelsia Gabriel eram as mais acutilantes. As rubro e negras tinham dificuldades em visar a baliza defendida por Teresa Almeida "Bá” e precipitaram o ataque.
As laterais Cristiane Mwasessa e Isabel Guialo "Belinha” e a central Helena Paulo eram as destacadas na primeira linha. O técnico José Chuma chamou as jogadoras e teve o efeito desejado.
Aos 13 minutos assistiu-se à recuperação das agostinas, 6-5. A vencer por um golo, Vivaldo Eduardo solicitou desconto de tempo. Na sequência, com as defesas a suplantar os ataques, as duas equipas registaram períodos de seca.
Do lado do 1º de Agosto, Guialo, Mwasessa, Liliane Mário e Dalva Peres montaram o bloco defensivo, enquanto no Petro, Estefânia Venâncio, Joelma Viegas "Cajó”, Tcheza Pemba e Suzeth Matias eram as mais evidentes.
Ao cabo dos 16 minutos, igualdade a seis golos. Os remates rasteiros das petrolíferas deixaram de funcionar, pois a guarda-redes Eneleidys Guevara estava atenta às movimentações de Suzeth Matias. Por onze minutos, o Petro não marcou e com as exclusões de Theza e Suzeth vivenciou momentos tenebrosos.
Com a sub-marcação à Helena Paulo, as tricolores voltaram a acertar o ataque. Dada a matreirice, Natália Bernardo também marcou o Shelsia. Ao intervalo, 11-9, a favor do Petro.
Etapa decisiva
Na segunda etapa do desafio, até ao minuto sete as duas equipas mantiveram-se nulas, ou seja, sem marcar. Além da consistência defensiva, os erros técnicos saltavam à vista. Aos oito minutos, as militares desfizeram a vantagem das oponentes e igualaram a 11 golos. Insatisfeito, Vivaldo Eduardo chamou o grupo, pois era preciso redefinir estratégias.
Aos dez minutos empate a 12, a seguir as petrolíferas distanciaram-se com uma vantagem de três golos. Chuma voltou a conversar com as atletas, mas sem o efeito desejado. No seio das militares, o nervosismo e a ineficácia ofensiva levou a melhor.
A faltar 12 minutos para o apito final, 16-12, as agostinas ficaram cinco minutos sem marcar. No tempo restante, o Petro continuou a passear classe, enquanto o 1º de Agosto corria atrás do resultado, mas sem hipóteses de evitar a derrota.
Fonte: Jornal de Angola
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