TAAG obtém lucro superior a 460 milhões de kwanzas


O desempenho em 2022 da Transportadora Aérea Angolana (TAAG) é visto como histórico, a considerar o lucro obtido superior a 460 milhões de kwanzas, depois dos resultados negativos de 2021 (-80.145 milhões) e 2019 (-134.625 milhões).

De acordo com os dados partilhados, ontem, em Luanda, por ocasião da apresentação dos resultados da companhia, tem-se em vista a conclusão, no mês de Junho, do processo de recapitalização em negociação com os ministérios dos Transportes e das Finanças.

Por outro lado, a transportadora aérea pretende, até 2027, chegar às 50 aeronaves, contra as actuais 20 e também, até ao final do ano acima referenciado, voltar a recrutar um total de 1.400 quadros com formação superior.

O total das receitas operacionais ascendeu a 390 milhões de dólares, superior a cerca de duas vezes o volume de receitas do ano completo de 2021. Quando comparado com o indicador de 2019, período pré-Covid, o cômputo das receitas operacionais de 2022 representaram 99,6 por cento deste indicador para o ano completo de 2019.

A receita de passageiros corresponde a cerca de 80 por cento do total das receitas operacionais. Constataram-se níveis de receitas unitárias acima dos níveis de 2019, impulsionadas por tarifas mais competitivas e melhores taxas de ocupação (load factors), indicando uma melhoria substancial na estratégia de vendas, distribuição e precificação, gerando uma mais eficiente utilização dos activos, factores indispensáveis à sustentabilidade financeira da TAAG.

Desafios assumidos

Na mensagem ao mercado, a presidente do Conselho de Administração, Ana Major, disse que no passado dia 5 de Maio o Relatório e Contas da TAAG, referente ao Exercício de 2022, foi aprovado em Assembleia Geral de Accionistas.

Dentro dos deveres de prestação de contas, afirmou, este Conselho de Administração comunica ao público, clientes e potenciais parceiros sobre os resultados de 2022 espelhados no referido relatório, tendo partilhado, de igual modo, sobre o percurso que a empresa vem fazendo, "de onde viemos, onde estamos e para onde vamos”.

De acordo com Ana Major, a TAAG – Linhas Aéreas de Angola, S.A, no âmbito do compromisso com o país e com o passageiro, tem como parte da sua missão contribuir para o desenvolvimento do país, quer por via da utilização prudente dos recursos públicos, como pela melhoria contínua da mobilidade e democratização do acesso às viagens aéreas.

"Os serviços de transporte aéreo constituem um factor de desenvolvimento económico e social. Assumindo o seu papel, a TAAG posiciona-se como um viabilizador do efeito multiplicador da aviação na economia, no turismo, na eficiência logística, na facilitação das exportações e noutros segmentos de negócios e transacções comerciais”, disse.

A PCA indicou as medidas adoptadas pelo Conselho de Administração, as quais confirmam ser a TAAG uma companhia com um negócio viável.

"Temos imprimido um ritmo positivo de recuperação dos níveis de actividade de 2019 nas métricas chaves do sector e os resultados de 2022 suportam a convicção de um negócio de aviação sustentável com resultados positivos”, indicou.

O Plano de Negócios

Nos termos do Plano de Negócios prevê-se a materialização de uma companhia operacionalmente eficiente e financeiramente sustentável, com um crescimento orgânico em África, viabilizando a estratégia de desenvolvimento do hub em Luanda.

Prevê-se também um ajustamento da estrutura de frota, passando da frota actual que é, totalmente, própria para uma estrutura de propriedade mista, composta por aeronaves próprias e aeronaves em regime de aluguer. A descontinuidade de algumas aeronaves da frota existente passará por uma alienação ou aluguer a terceiros, tal como a operação de "Dry-Lease” realizada com a TACV, de Cabo Verde.

Fonte: Jornal de Angola

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