Analistas do BFA destacam ganhos do Kwanza na semana

 
O Kwanza registou variações positivas face ao Euro, de quarta a sexta-feira últimas, declara a análise semanal do Gabinete de Estudos Económicos do BFA, secundando um anúncio nesse sentido proferido pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

A análise do Banco de Fomento Angola (BFA) indica que os ganhos de 0,51 pontos percentuais obtidos pelo Kwanza, naqueles três dias, não foram suficientes para evitar a acumulação de perdas da moeda angolana no cômputo da semana, contadas em 3,9 por cento diante do Euro e em 3,6 face ao Dólar.

"Na passada semana, o Kwanza depreciou-se 3,6 por cento face ao dólar e 3,9 por cento face ao euro; depois de ter registado quebras diárias consecutivas a partir de Maio, entre quarta e sexta-feira (da semana passada) a moeda angolana apreciou 0,51 por cento face ao Euro, saindo dos 903,8 kwanzas por Euro para 899,2 kwanzas”, escrevem os analistas do BFA sobre a evolução dos principais indicadores económicos.

O curso da moeda angolana frente ao Dólar também se caracterizou pelo abrandamento do cenário de perdas, lê-se no documento que aponta para que, naquele período, "o movimento de quebras diárias continuou, porém a um ritmo bastante mais lento em relação aos anteriores, saindo de Kz 822,4 por dólar para 822,9”.

Desde o início do ano, "a moeda angolana conta com uma depreciação de 38,8 por cento face ao dólar e 40,2 por cento face à moeda europeia”, lê-se ainda na nota do BFA.

Na sexta-feira, quando visitou empreendimentos industriais da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo e ao Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana (PDIV), o ministro de Estado para a Coordenação Económica afirmou que tinha observado ligeiras apreciações ao longo da semana passada, abrandando o ritmo de perdas diárias, incluindo no mercado informal.

O ministro referiu análises preliminares a apontarem variações positivas do Kwanza, com apreciações a indicarem que o mercado poderia ter quebrado o ciclo de depreciação acentuado da moeda angolana

Quando proferiu estas declarações, as informações disponíveis apontavam que o mercado informal estava a registar uma situação mais favorável para o Kwanza que o mercado formal, o que disse ser um sinal de que na evolução recente que levou à depreciação na moeda angolana pode ter-se ficado a dever à exacerbação das preocupações "acima daquilo que se colocava”.

Isso, afirmou, "pode ter levado o Kwanza a uma depreciação mais forte do que aquela que se impunha num quadro em que a oferta de cambiais reduziu de forma acentuada”, um cenário que, notou, não se resume a Angola, estando a acontecer com outras moedas em países emergentes.

Nessa dinâmica, em países africanos como a Nigéria e Egipto, as moedas nacionais (Naira e Libra) sofreram depreciações de cerca de 63 e 25 por cento, respectivamente, tal como, na China, o Yuan perdeu cerca de 5,00 por cento face ao longo período em que o Kwanza esteve a perder terreno.

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