Estrangeiros condenados em Viana por invasão a uma unidade do SME

 
Quatro cidadãos estrangeiros foram condenados, na noite de terça-feira, a um ano de prisão efectiva, pelo Tribunal de Comarca de Viana, em Luanda, por invasão, na passada sexta-feira, a uma unidade do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), localizada no Zango 4.

Os condenados, três indivíduos da República da Guiné e um da Serra Leoa, correm o risco de serem expulsos do país, depois do cumprimento da pena, se não tiverem a situação migratória regularizada, uma decisão também tomada pelo Tribunal de Comarca de Viana.

Os quatro condenados integraram um grupo de cinco indivíduos, todos estrangeiros, que foram detidos por invasão à unidade do SME no Distrito urbano do Zango. Cada um dos condenados vai pagar uma taxa de justiça de 500 mil kwanzas.

O quinto réu, um cidadão da República da Guiné, de 45 anos e identificado como Salio Su, foi absolvido, por falta de provas do crime de que era acusado.

Os condenados são Amado Bari, de 37 anos, Mutari Bari, 34, Bubacari Bari, 53, da República da Guiné, e Bubacari Dialo, 34, da Serra Leoa. O Jornal de Angola soube que os três cidadãos da República da Guiné, apesar de terem o mesmo apelido, não têm nenhuma relação de parentesco.

O juiz Agnaldo Machado, da 10ª Sessão da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal de Comarca de Viana, explicou, durante a leitura da sentença, que Sadio Su foi absolvido por ter ficado provado que "não esteve envolvido nos protestos”, no interior da unidade do SME, além de ter tido uma "atitude pacificadora, acalmando os ânimos dos seus companheiros”.

O juiz Agnaldo Machado sublinhou que os quatro réus foram condenados por ter ficado provada a autoria do crime de que foram acusados - invasão e resistência contra funcionários do Serviço de Migração e Estrangeiros.

O crime ocorreu quando os agora condenados invadiram, em companhia de mais de 40 pessoas, todas estrangeiras, no dia 30 de Junho, a unidade do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), situada no Zango 4, com o objectivo de libertarem três indivíduos, também estrangeiros, levados para aquela unidade por agentes do SME, por terem estado sem identificação quando foram abordados à porta de uma mesquita.

O juiz afirmou que os quatro estrangeiros foram condenados por terem desobedecido e afrontado as autoridades. "Tiveram um comportamento desrespeitoso”, adiantou o juiz Agnaldo Machado, quando fazia a leitura da sentença do julgamento, que teve a duração de cerca de sete horas.

O juíz acentuou que os cidadãos estrangeiros são bem-vindos a Angola, por contribuírem para o desenvolvimento da economia nacional.
Fonte: Jornal de Angola

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