Traficantes de seres humanos são detidos em centro comercial

 
Uma suposta rede criminosa, que se dedicava ao crime de tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e lenocínio, encabeçada, alegadamente, por uma cidadã vietnamita, de 32 anos, foi desmantelada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), informou, domingo, o porta-voz da instituição.

O superintendente-chefe Manuel Halaiwa disse que a rede criminosa recrutou, a partir da cidade de Lao Cai, no Vietname, sete cidadãs vietnamitas, com idades entre os 32 e 46 anos, que vieram ao país com vistos de turismo.

O oficial superior da Polícia Nacional explicou que as cidadãs vietnamitas vieram ao país com promessas de trabalho e foram alojadas num residencial com vários quartos, no Distrito Urbano do Kikuxi, na Via Expressa. Após a chegada em Luanda, todas lhes foram retiradas os passaportes e obrigadas a se prostituírem.

O SIC, avançou, apurou que as vítimas foram atraídas com ofertas de trabalho normal, em serviços como massagens e estética, antes de chegarem a Angola. "Já em solo angolano, eram mantidas como reféns e obrigadas a praticarem sexo a troco de dinheiro. Os criminosos cobravam 30 mil kwanzas por uma hora. A maioria dos clientes eram cidadãos de nacionalidade chinesa e vietnamita”.

A rede criminosa, destacou, usava também um sistema de pagamento por via de um aplicativo digital, que os permitia receber os valores numa conta bancária domiciliada na República do Vietname.

O porta-voz do SIC explicou que foram apreendidos 8 passaportes. "O SIC tem realizado, há mais de seis meses, acções de prevenção e combate aos crimes de tráfico de seres humanos, sendo este o segundo grupo detido em menos de dois meses, pela mesma prática, em Luanda”, disse.

Antes, realçou, o SIC deteve, um primeiro grupo de sete mulheres, pela mesma prática, no interior de uma residência, há dois meses, no Distrito Urbano do Kikuxi. As vítimas, referiu, foram encaminhadas para a Comissão Multisectorial para os Direitos Humanos, para cuidar do repatriamento destas para o país de origem. "Todas elas estão alocadas num centro de acolhimento sob a responsabilidade do Ministério da Justiça”, esclareceu.

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