África privilegiada pelo Presidente Russo

"Nós não nos vamos isolar, pelo contrário, expandiremos as relações pragmáticas, igualitárias, mutuamente benéficas e exclusivamente de parceria com países amigos da Eurásia, África e América Latina”, disse Vladimir Putin, realçando que, apesar do sentimento entre as "elites” nos EUA e na Europa, as políticas governamentais dos países ocidentais nem sempre correspondem aos interesses dos seus povos.

O líder russo aproveitou a ocasião para, também, avaliar a situação internacional do seu país numa altura que é já o mais sancionado do mundo, garantindo que a Rússia seguirá em frente, apesar de todas as dificuldades.

Putin reafirmou que a Rússia seguirá "consistentemente” apenas em frente aos seus objectivos.

"Os valores do serviço dedicado ao povo e à pátria determinam a força e a sustentabilidade do poder do Estado. Eles confirmam a unidade e a coesão do nosso povo, são a garantia fundamental e imutável de que superaremos juntos todas as provações. Avançaremos de forma consistente e firme rumo às metas grandiosas e ambiciosas que estabelecemos”, disse Putin na reunião do Conselho de Legisladores russo.

"No entanto, apesar de todos esses esforços, a intensidade dos contactos internacionais, incluindo aqueles por meio do nosso Parlamento, não só não está a diminuir, como até está a aumentar, o que é uma tendência muito boa, correcta e indicativa”, sublinhou o Presidente da  Rússia.

Mais adiante, Putin afirmou que o país está pronto para trabalhar com os parceiros estrangeiros, com empresas e corporações globais que valorizam a reputação comercial e querem cooperar com a Rússia.

Segundo acusou, os países ocidentais, que "estão a destruir maniacamente a estrutura jurídica e os canais de diálogo, tentam impor as suas opiniões e as chamadas ‘regras’' a todos. Que regras? Ninguém as viu, quem escreveu essas regras?”.

"As previsões das organizações internacionais, as previsões de crescimento da economia russa. Tudo lá está mais ou menos estável para nós. Mesmo aqueles que não gostariam de mostrar essas perspectivas são forçados a mostrá-las. E olhem para aqueles que estão a criar problemas para nós. Eles parecem estar a criar para si mesmos”, assinalou o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.

Forças russas denunciam contra-ofensiva ucraniana

Os militares ucranianos estão prontos para uma contra-ofensiva que será lançada a 15 de Maio, disse o fundador da empresa militar privada Wagner, Yevgeny Prigozhin, numa entrevista ao jornalista Semyon Pegov, publicada no sábado.

Segundo Prigozhin,  a última chuva forte ocorrerá no dia 2 de Maio e "o tempo ficará seco e os tanques e artilharia poderão rolar. O vento vai secar o solo”, disse. "O Exército ucraniano está pronto para a contra-ofensiva. Foi impedido pelo mau tempo e, talvez, por alguns problemas internos que teve de resolver", apontou o fundador do grupo Wagner.

"Talvez eles nos dêem um descanso a 9 de Maio, mas a ofensiva começará 100% antes de 15 de Maio”, esclareceu o "patrão” da empresa militar russa.

O New York Times informou a 25 de Abril, citando documentos classificados do Pentágono divulgados de forma ilegal na Internet e dados de inteligência dos EUA, que as tropas ucranianas planeam lançar a contra-ofensiva na direcção Sul no próximo mês. Como o jornal apontou, a Ucrânia estava preparada para preparar 12 brigadas de combate de cerca de 4.000 soldados cada.

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