Banda portuguesa “Os Excesso” volta aos palcos no Altice Arena

 

A boysband portuguesa “Os Excesso”, volta aos palcos a 19 de Maio no Altice Arena, em Lisboa, e a 17 de Junho no Super Bock Arena no Porto, informou, ontem, o Diário de Notícia, numa entrevista mantida com o grupo, enquanto este se prepara para regressar aos concertos.


"Eu sou aquele que te quer e mais ninguém", este um dos versos de uma das músicas da primeira boysband portuguesa, "Os Excesso”, que muitos portugueses sabem na ponta da língua. Depois de 20 anos em pausa, a banda portuguesa, constituída por Carlos, Duck, Gonzo, João Portugal e Melão, volta aos palcos.

"Está a ser maravilhoso voltar , super gratificante ao mesmo tempo. Um excesso de muita coisa a todos os níveis, de sorrisos, responsabilidade, de cansaço também, de ansiedade pelos concertos de Maio e Junho. É um misto enorme de emoções", disse Gonzo, um dos membros em conversa com DN durante o ensaio para os concertos.

Com um cenário de paredes brancas, vestidos de preto, com chapéus e camisas estampadas - quase no mesmo estilo e com as mesmas roupas de há 20 anos - , os cincos membros dos Excesso, entusiasmados, ensaiam para os dois concertos e, ao mesmo tempo, criam conteúdo para as redes sociais. Fazem alguns passos de dança enquanto cantam acompanhados de uma banda ao vivo.

Em Dezembro de 2022, o grupo anunciou o seu regresso com o espectáculo Até ao Fim, o mesmo nome do último disco antes da separação. Este é um reencontro que o público não esperava. Estava planeado para antes da pandemia mas teve de ser adiado. Agora, estão de volta.

Em Fevereiro de 2023, o grupo lançou ainda uma nova versão e um videoclipe, disponível no Youtube, da música Eu Sou Aquele. A vontade da reunião como grupo esteve sempre presente durante os mais de duas décadas de separação dos cinco membros. "Todos os anos surgia a vontade e contacto para nos juntarmos. Não foi possível", disse Duck.

De 1997 a 2002 Carlos, Duck, Gonzo, João Portugal e Melão (nomes artísticos escolhidos pelos membros) conquistaram os corações de muitos portugueses. Escolhidos por casting, o grupo seguia os padrões de uma boysband internacional com coreografias que complementavam as suas canções pop. Os cinco membros viram o seu sucesso alcançar uma dimensão inesperada, o que levou o grupo à ribalta durante três anos. O álbum de estreia, Eu Sou Aquele, lançado em 1998, chegou ao primeiro lugar no top de vendas português e alcançou cinco platinas.

Apesar da pressão, Carlos vê actualmente a grande maturidade com que lidam com a situação e com a fama, muito diferente do que acontecia quando eram mais jovens. "Nós partimos do anonimato para a ribalta. A exigência de fazer quatro e às vezes cinco espectáculos por semana, misturando programas de televisão e entrevistas criou, na verdade, uma disparidade entre a vida pessoal e a vida profissional. Neste momento, olhando para trás, é com grande alegria que consigo ver a diferença com que os cinco elementos atingiram a maturidade", explicou.

O grupo lançou o seu último e segundo disco, Até ao Fim, em 1999. No entanto, a saída de Carlos, no mesmo ano, foi o começo do fim. Os quatro membros ainda tentaram continuar com o grupo. Depois, seguiu-se a saída de João Portugal, levando ao fim da banda em 2002. Depois da separação oficial nesse mesmo ano, todos os membros seguiram carreira a solo. Para Carlos, Duck, Gonzo, João Portugal e Melão terem sido a primeira boysband portuguesa, fê-los sentir como se tivessem deixado um legado para as outras gerações da música portuguesa.

"Mostramos uma faceta da música em Portugal, uma porta que estava por abrir. Temos esse legado e sentimo-nos bastante contentes e orgulhosos, sobretudo depois de nos termos retirado naquela altura e termos visto a evolução da música em Portugal", afirmou.

Os membros descrevem os futuros concertos como uma festa de luz, dança, música e boas recordações. "Houve um amadurecimento fortíssimo, estamos mais velhos, mais sábios, com gosto mais refinado. Penso que todas estas características vão estar em palco e o público presente vai perceber isso e vai ser recíproco. E estamos ansiosos para mostrar as novidades", destacou Gonzo.

Uma coisa que não mudou foi o espírito do grupo, sempre unido e divertido. "Nós costumamos dizer que agora, embora estejamos todos separados, quando a música começa a tocar há qualquer coisa que nos liga. E isso não desapareceu e está mais forte", disse Duck. "A beleza não mudou (risos). O que mudou mais talvez seja a nossa vontade de fazer as coisas melhores. Agora temos certeza que queremos fazer coisas bem construídas, bem feitas", acrescentou João Portugal.

Para além dos famosos e clássicos êxitos como Não Sei Viver Sem Ti e És Loucura que vão fazer parte do concerto, os cinco membros preparam algumas surpresas, incluindo uma nova canção, nova roupagem e nova orquestração das músicas já conhecidas. Os bilhetes ainda estão disponíveis e variam entre os 25 e os 120 euros.

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