Nações Unidas lançam apelo à transição pacífica no Sudão
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, exprimiu ontem o seu alarme perante a tensa situação no Sudão, exortando todas as partes a redobrarem os seus esforços para restaurar um Governo liderado por civis.
Na quinta-feira, activistas pró-democracia vaiaram os militares e paramilitares que mergulharam o país num novo impasse político, no aniversário de duas revoltas que derrubaram os golpistas, num país quase sempre governado por generais.
A assinatura de um acordo de saída da crise para relançar a transição democrática após o golpe de 2021, que deveria ter tido lugar na quinta-feira, foi novamente adiada, enquanto a oposição civil apelava a manifestações.
"O país encontra-se num momento decisivo. Muito trabalho tem sido feito e muitos passos positivos foram dados no sentido de um acordo final. Todos os esforços devem agora ser feitos para que a transição política volte ao bom caminho”, disse Türk, através de uma declaração.
A assinatura do acordo-quadro sobre o regresso à partilha do poder civil-militar, que é uma condição prévia para o reinício da ajuda internacional ao país, um dos mais pobres do mundo, foi adiada na semana passada, já que não aconteceu na data prevista, que era quinta-feira.