"Convidamos todos aqueles empresários que queiram investir no sector da agricultura, pecuária e nas infra-estruturas, na província do Cuando Cubango, para deslocarem-se à região e aplicarem os seus investimentos em áreas que visam impulsionar a economia local”, disse, referindo que o Cuando Cubango possui cerca de 85 por cento de terras aráveis, favoráveis para o fomento da actividade agrícola.
Helena Chimena indicou que a par da agricultura, a província do Cuando Cubango está interessada em desenvolver o sector de turismo.
"A nossa província é uma terra de progresso, por isso precisamos de pessoas comprometidas com o desenvolvimento, não só da região, mas também, do país”, referiu.
Durante a Feira do Salão Internacional, Oportunidades de Negócio, Fomento de Auto-emprego e Promoção da Empregabilidade, a província do Cuando Cubango expôs vários produtos agrícolas, com destaque para arroz Longa, milho, feijão, banana, batata e o ferro Gusa.
"Estamos a trabalhar com o objectivo de incentivar todos os empresários que queiram investir na província. Temos algumas luzes verdes para que isso aconteça”, disse.
Turismo no Cuanza-Sul
O director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico e Integral do Cuanza-Sul, Carlos Henriques, disse que a sua região está a trabalhar para o fomento da indústria transformadora.
"Pretendemos que os empresários se interessem pela província e que instalem indústrias transformadoras para podermos absorver toda a produção que a população consegue consumir e ser transformada”, disse, referindo que o Governo de Cuanza-Sul possui políticas que visam apoiar todos os empresários nacionais e estrangeiros interessados em investir na localidade.
"Existem políticas para apoiar os empresários que queiram investir na província, porque temos terra, agua, vias de acesso, espaço e condições para que os investidores contribuam para o desenvolvimento da região”, disse.
O turismo é outro sector de interesse para a diversificação da economia local.
"Neste momento, estamos a trabalhar para estarmos mais próximos dos empreendedores, constatar as reais dificuldades que enfrentam e sermos intermediários na facilitação de obtenção de créditos bancários”, apontou.
Empreendedores expõem serviços na feira
Mais de 50 feirantes das províncias de Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza-Sul, Luanda e Lunda-Norte expuseram até ontem, na capital do país os seus produtos e serviços, no fórum de Salão Internacional de Investimentos, Oportunidades de Negócios, Fomento do Auto-Emprego e Promoção da Empregabilidade, que decorre no Centro de Conferência de Belas.
O fórum empresarial promovido em parceria com o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) é uma iniciativa do Executivo com o objectivo de potenciar e valorizar a produção nacional.
A empreendedora Luzia Pinto, que confecciona postiços, perucas, tanto de cabelo, como sintético, disse que participou na feira com o objectivo de mostrar a sua produção. Para ela, é importante a iniciativa do Executivo que visa valorizar e incentivar o fomento da produção nacional. "O objectivo é apostarmos mais nas exportações e diminuirmos as importações, porque com mais exportações, o país obtém mais divisas”, disse.
Antonieta Matias, que possui uma loja virtual de venda de bolsas para senhoras, disse que os produtos que recebem a partir da França têm limitado os clientes a adquirir bolsas no exterior do país.
"Hoje, os nossos clientes preferem mais o que está no nosso mercado nacional.”, disse. Para a Lúcia Salemantão, que produz óleo de coco, a feira está a servir para mostrar a produção nacional.
"O nosso produto que é o coco vem da República de São Tomé e Príncipe, mas o óleo é fabricado em Angola. Este óleo purifica a pessoa, tornando-a mais jovem. O óleo Maxibin, que significa jovem, em crioulo, é um produto que revitaliza, fortifica o corpo e evita envelhecimento precoce”, disse.
A vendedora disse que o óleo de coco Maxibin, também, serve para o uso interno, ou seja, as pessoas com problemas de digestão lenta e falta de imunidade basta tomarem as medidas recomendadas para encontrarem a cura. "Esta feira está a servir para mostrar os produtos e serviços feitos em Angola”, referiu.
A empreendedora Domingas da Silva, que se dedica ao artesanato, disse que confecciona bases de crochê, porta copos, talheres, tapetes para casa de banho e almofadas.
"As vendas estão a ser excelentes, aliás, temos tido vendas satisfatórias, porque os clientes preferem comprar produtos nacionais”, disse.