Sam Mangwana encanta o público com ritmos da rumba congolesa


Sam Mangwana, um dos poucos “sobreviventes” do estilo rumba congolesa, é o artista em destaque no concerto de amanhã, às 12h00, que acontece no restaurante da Unidade Africana, numa noite que terá como convidado o músico Kanda.

A proposta da organização é proporcionar uma viagem pelos principais sucessos do artista e "abrir com chave de ouro” a programação cultural e artística do mês em curso. O espectáculo vai contar, igualmente, com as participações dos músicos Toty Samed, Selda e Dino Ferraz. No final do mês de Abril, o projecto "Reviver Banda The Kings” e "Maratona dos Kotas” foram as propostas que fecharam a programação daquele mês.

Sam Mangwana, uma das últimas grandes estrelas vivas da rumba congolesa, é um dos artistas angolanos com maior reconhecimento internacional e uma das principais referências da rumba congolesa. Na noite são esperados ser interpretados os sucessos "Cantos de Esperança”, "Maria Tebo”, "Fatimata”,"Georgete”,"Suzana Culibali”, "Minha Angola”, "Pátria Querida” e "Tio António”.

O artista tem feito algumas apresentações, mas não com regularidade que se desejava. Em Junho do ano passado regressou ao país para dois espectáculos no projecto artístico "Show do Mês”, na Casa de Artes de Talatona, depois de ter estreado em Agosto de 2018, no Royal Plaza.

Sam Mangwana começou a carreira musical em 1963, na então República do Zaire, hoje Democrática do Congo, no grupo African Fiesta, de Tabu Ley Rochereau, posteriormente African Fiesta National, Africa International. Colaborou com o TP OK Jazz, de Francó. Formou e liderou os grupos Festival des Maquisards e African All Stars. Da sua vasta discografia, o destaque vai para "Maria Tebo” (1980), dentre os demais álbuns que cimentaram a sua brilhante carreira internacional nas décadas de 80 e 90.

Depois de conquistar a África e o mundo como um expoente da música congolesa, relança a sua carreira no mercado angolano. "Galo Negro”, de 1996, é o marco dessa fase. "Querida Pátria”, de 2005, foi lançado depois do seu regresso a Angola, onde viveu grande parte do tempo até finais de 2019, quando optou por outra viagem. O seu mais recente álbum é "Lubamba”, lançado em Luanda em 2016, mas a promoção apenas aconteceu com o fim da pandemia, com apresentações em França.

Tudo começou em Fevereiro de 2021. Esteve no Festival Au Fil des Voix. Depois de concertos intimistas e entrevistas na imprensa francesa e africana, marcaram o regresso de Mangwana ao mundo do espectáculo. Esteve no Festival Rio Loco, em Toulouse, 360 Paris Music Factory, Festival Les Nuits Du Sud Vence, Concert em New Morning, Festival Moz’aique (Le Havre), Festival Fiest’A, Festival Jazz sous les Prommiers (Coutanças) e outros eventos entre Fevereiro e Novembro do ano passado.

Samuel Mangwana nasceu em Kinshasa aos 21 de Fevereiro de 1945 e é filho de angolanos. Durante as férias escolares, era na terra dos pais onde passava as férias, uma experiência reflectida no tema "Tio António”. Conhecido como "Pougeon Voyegeur”, Pombo Viajante na tradução livre, pelas constantes "aventuras” pelos países do continente, como Togo, Gana, Nigéria, Camarões e mais tarde na Côte d’Ivore, onde permaneceu entre a década de 80 e 90 até optar pela França. O seu último álbum de estúdio é "Lubamba”, lançado em 2016 em Luanda. Da sua vasta discografia, o destaque vai para "Matinda”, "Maria Tebo”,”Cooperation”, "Georgette”, "No me Digas no”, "Waka Waka”, "Pátria Querida”, "Galo Negro” e "Cantos de Esperança”, sendo os três últimos muito direccionados a Angola.

Fonte: Jornal de Angola

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