ONU contacta Pyongyang para soltura de soldado norte-amaricano


O vice-chefe da delegação da ONU na Coreia do Sul, general Andrew Harrison, disse, esta segunda-feira, que foram iniciadas “conversações” com Pyongyang sobre o soldado americano Travis King, que alegadamente se encontra detido na Coreia do Norte.

"Foram iniciadas conversações com o Exército Popular da Coreia através do mecanismo do acordo de armistício", declarou o general Andrew Harrison numa conferência de imprensa, realizada segunda-feira, em Seul, a capital da Coreia do Sul.

Harrison referia-se ao acordo que pôs fim às hostilidades em 1953 na Península da Coreia.

Entretanto, Pyongyang, mantém silêncio sobre Travis King, que supostamente atravessou a fronteira na passada terça-feira.

As autoridades norte-americanas mostraram-se preocupadas com o bem-estar do militar e afirmaram que a Coreia do Norte tem ignorado os pedidos de informações sobre King, incluindo o local onde está detido, assim como pedem detalhes sobre o estado de saúde do militar.

Analistas citados pela agência norte-americana Associated Press (AP) recordam que a Coreia do Norte costuma demorar semanas ou meses para fornecer informações significativas deste género, a fim de potenciar influência e aumentar a urgência dos esforços dos Estados Unidos para garantir a libertação.

Segundo a AP, a Coreia do Norte pode tentar obter concessões de Washington, como por exemplo, fazer depender a libertação de King da redução das actividades militares dos Estados Unidos na Coreia do Sul.

Por outro lado, os EUA e a Coreia do Sul têm aumentado o número de exercícios militares conjuntos na região, assim como tem crescido o destacamento regional de meios estratégicos norte-americanos, como bombardeiros, porta-aviões e submarinos, numa demonstração de força contra Pyongyang , que testou cerca de 100 mísseis desde o início de 2022.

Um submarino de propulsão nuclear norte-americano chegou à Coreia do Sul, no segundo destacamento de um importante activo naval dos EUA para a Península da Coreia, informaram, ontem, as Forças Armadas sul-coreanas, reforçando a demonstração de força para combater as ameaças nucleares da Coreia do Norte.

O USS Annapolis chegou a um porto na ilha de Jeju cerca de uma semana depois de o USS Kentucky ter atracado no porto continental de Busan.

O Kentucky foi o primeiro submarino dos EUA com armas nucleares a chegar à Coreia do Sul desde a década de 1980.

Pyongyang reagiu à presença dos navios com a realização de teste de mísseis balísticos e de cruzeiro, sinalizando que pode efectuar ataques nucleares.

Fonte: Jornal de Angola

Enviar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem