Zelensky e Andrzej assinalam 80 anos do massacre de Volinia


O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, visitou ontem a Ucrânia para assinalar com o homólogo ucraniano, Volodymir Zelensky, o 80.º aniversário do massacre de polacos nas mãos do então Exército Insurgente Ucraniano na região de Volinia.

"Juntos prestamos homenagem a essas vítimas inocentes. As memórias unem-nos. Juntos somos mais fortes", disse Duda na sua conta no Twitter antes de se deslocar ao memorial, numa cerimónia realizada na Catedral dos Santos Apóstolos em Lutsk, capital da província de Volinia.

Entre 11 e 12 de julho de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, as forças ultranacionalistas ucranianas lançaram um ataque combinado contra mais de 100 cidades habitadas por uma minoria de polacos em localidades como Kowel, Horochow e Wlodzimierz Wolynski, como forma de garantir estes territórios enquanto parte da Ucrânia após o conflito.

Os guerrilheiros ucranianos invadiram as cidades e cometeram atrocidades, incluindo decapitações, crucificações e desmembramentos contra a população civil.

Os massacres de Volinia deixaram entre 30.000 e 40.000 polacos mortos, de um total de cerca de 100.000 vítimas mortais, durante a campanha de terror orquestrada pelo Exército Insurgente Ucraniano.

Atualmente, a Polónia é um dos maiores aliados da vizinha Ucrânia na guerra contra a Rússia e o presidente polaco, assim como outros membros do seu Governo, são vistos regularmente em Kiev para discutir diretamente a evolução do conflito com as autoridades ucranianas.

O Presidente da Polónia, que recebeu milhões de refugiados após a invasão da Rússia, no ano passado, e fornece elevadas quantidades de material militar, incluindo tanques pesados Leopard 2, de fabrico alemão, e caças Mig-29, de produção russa, já visitou Kiev por cinco ocasiões, a mais recente das quais em 28 de junho, acompanhado pelo homólogo lituano, Gitanas Nauseda, que vai acolher a próxima cimeira da NATO (sigla em inglês para a Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 11 e 12 de julho.

A Ucrânia anseia por um convite dos Estados-membros para aderir à Aliança Atlântica no pós-guerra, contando com o apoio de vários países como a Polónia e também Portugal.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Número de mortos em Lyman sobe para nove

O número de mortos no ataque das forças russas no sábado em Lyman, na região de Donetsk, leste da Ucrânia, aumentou para nove, enquanto outras 12 pessoas ficaram feridas, informou ontem o chefe do Departamento Regional da Administração Militar, Pavlo Kirilenko.

"No sábado, os russos bombardearam Lyman. Nove pessoas morreram e 12 ficaram feridas", escreveu no Telegram, atualizando o anterior balanço, que dava conta de seis vítimas mortais, e acrescentando que nas últimas 24 horas os ataques russos deixaram ainda um morto em Avdivka e um ferido em Zakitne, também na província de Donetsk.

As autoridades locais informaram que as tropas russas dispararam às 09h55 locais (07h55 em Lisboa) contra o centro da cidade de Lyman "com munições de fragmentação a partir dos lançadores múltiplos Smerch" e "atacaram os moradores que estavam na rua e perto de lojas de comércio".

As tropas russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ofensiva militar, amplamente condenada na comunidade internacional, foi justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

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