Petro termina invicto após derrotar Al Ahly


Com 34 pontos de Carlos Morais, o Petro de Luanda encerrou a participação na fase preliminar da Basketball Africa League (BAL), sexta-feira, com uma vitória apertada, por 91-90, sobre o Al Ahly do Egipto, em desafio pontuável para a quinta jornada da Conferência Nilo, que decorre na cidade do Cairo.

O triunfo arrancado à ferro foi alcançado no último segundo de desafio, com o Gerson Gonçalvez "Lukeny" a garantir os dois preciosos pontos para consolidar a liderança com dez pontos.

Com o registo de cinco partidas e igual número de vitórias, uma prestação inédita da equipa angolana na fase preliminar da competição a nível de clubes no actual formato, o balanço é positivo.

Deste modo, o campeão nacional terá pela frente a partir do próximo dia 21 do corrente, em Kigali, Rwanda, palco da fase final da prova, pela terceira vez consecutiva,

o último classificado da Conferência Sahara, Abidjan Basket Club, da Côte d'Ivoire, um adversário teoricamente mais acessível,

À partida, era sabido que este seria o verdadeiro teste para o técnico José Neto e pupilos, depois de terem passeado toda a classe nas quatro primeiras jornadas, onde venceram os adversários com relativa facilidade.

Muito cedo, os petrolíferos superiorizaram-se ante os anfitriões que contaram com um número significativo de adeptos, apesar da realização da televisão egípcia mostrar uma pequena claque da equipa angolana.

Com extremo-base Carlos Morais em dia sim, o técnico da turma egípcia, Agustin Julbe Bosch, bateu-se com inúmeras dificuldades para travar o capitão dos campeões nacionais que esteve imparável nos lançamentos exteriores.

No capítulo defensivo, houve muita entre ajuda, de modo a manter afastados da zona restritiva os jogadores mais altos do Al Ahly, com realce para o poste Ahmed Ismail, ao mesmo tempo que dava pouco espaço para os bases criarem linhas de passe para os companheiros. Ao cabo do primeiro quarto, vantagem, por 26-18, para a equipa angolana, fruto da confiança do grupo.

À medida que o técnico José Neto fazia as substituições, os jogadores provenientes do banco conseguiam manter a verticalidade ofensiva e defensiva, cumprindo rigorosamente com as instruções.

A equipa adversária quando tentasse fazer o pick and roll, os jogadores do Petro defendiam dois contra um para matar a jogada ofensiva dos anfitriões.

No segundo quarto, Agustin Julbe Bosch optou por subir as linhas e defender à zona 2-3, uma vez que a percentagem de lançamentos exteriores de Carlos Morais continuavam a ser a principal dor, de- cabeça do Al Ahly.

Foi nesta altura que o poste Ahmed Imaisl passou a fazer a diferença, pois defensivamente os jogadores tricolores não conseguiam travar o adversário mais alto e consequentemente mais pesado, e mostrou-se quase imparável na zona restritiva.

Ao intervalo, a vantagem continuou a pertencer ao Petro de Luanda (48-44), mas no parcial perdeu, por 26-22, para o desagrado de José Neto. A passividade defensiva era a principal dor de-cabeça, e ofensivamente a equipa não produziu o esperado, e parecia muito dependente de Carlos Morais.

No terceiro quarto a equipa da casa acreditou e chegou a liderar, por 53-50, mas os petrolíferos responderam à altura com um lançamento exterior do internacional angolano e capitão tricolor, numa altura em que o equilíbrio era a tónica dominante.

As duas equipas foram para o último período separadas por dois pontos (71-69), com vantagem para o Petro. Daí em diante, houve paradas e respostas, numa recta final imprópria para cardíacos, com alguns nervosismos à mistura.

Vantagem tangencial para os petrolíferos (89-88), quando restavam 42 segundos por disputar. Jone Pedro desperdiçou dois arremessos livres e no contra-ataque o extremo poste Anunwa Omot converteu dois pontos, quase em desequilíbrio (89-90), restavam 15 segundo para o fim.

O Petro circulou a bola ao limite, Carlos Morais assumiu a finalização, mas não teve sucesso Lukeny; ganhou o ressalto e suspenso largou a bola para dar a vitória (91-90), mantendo assim a invencibilidade do campeão nacional.

Fonte: Jornal de Angola

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