Ensino Superior aposta na inovação para superar desafios da era digital


A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, realçou, ontem, que a instituição vai prestar uma especial atenção aos desafios da era digital, por meio da inovação tecnológica.

Para a ministra, que fez a abertura do simpósio sobre "Desafio e oportunidade da educação na era digital para equidade e igualdade de género”, actualmente os meios tecnológicos têm obtido mais proeminência, ao ponto de forçarem a adaptação de todos.

"A educação digital, equidade e igualdade de género passam a ocupar lugar de destaque nas agendas políticas nacionais e internacionais, influenciando as próprias dinâmicas de trabalho das diversas instituições”, disse.

Durante o simpósio, realizado na Escola Nacional de Administração e Política Pública (ENAPP), em Luanda, com o intuito de promover debates e partilhas de experiências, Maria do Rosário Bragança considerou a educação digital um dos pressupostos chave para o desenvolvimento, cujas implicações incidem, de modo imediato, na participação e valorização da igualdade de oportunidades.

A governante referiu que Angola tem feito progressos importantes neste domínio, com a aprovação e implementação da política nacional para aIgualdade e Equidade de Género, cujos instrumentos legais têm ajudado a assegurar o alcance da paridade, em termos de oportunidades.

Actualmente, informou, existem alguns casos de desigualdade de género no sector da educação, em particular nas áreas das Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática. Encontros semelhantes, referiu, permitem uma melhor partilha de experiências, tendo em conta as boas práticas.

"É uma forma de ter um melhor conhecimento das realidades e itinerários possíveis para a solução dos problemas relacionados com a inclusão de meninas e mulheres, assim como para a promoção do maior acesso à formação e educação nas áreas das Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática”, destacou.

O aumento do uso de tecnologias de base, continuou, em particular as de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres, é uma das estratégias prioritárias do ministério, para alcançar a igualdade de género.

O simpósio, acrescentou, é, também, uma antecâmara para a Bienal da Paz de Luanda e juntou docentes, investigadores, estudantes e responsáveis de instituições a criarem um espaço para a sistematização de experiências sobre a educação na era digital.

Conceptualização

A escola, destacou, tal como o ambiente social, é, hoje, um contexto cada vez mais preferido pelas tecnologias digitais. "Por isso, é importante haver a conceptualização da escola, enquanto espaço propício ao desenvolvimento das competências digitais, virada para a iniciação dos alunos no uso das tecnologias”, indicou.

Na escola, esclareceu, deve haver condições para a educação digital abrangente e inclusiva, capazes de permitir o acesso a equipamentos e outros recursos digitais e a Internet, com funções de auxílio à aprendizagem e ao desenvolvimento da criatividade dos alunos.

"Um processo de ensino e aprendizagem sustentado nas tecnologias digitais pode contribuir para ultrapassar a passividade e tornar os alunos em sujeitos activos e protagonistas da aprendizagem”, salientou.

O documento internacional, orientador do combate à discriminação contra as mulheres, adoptado em 1979, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, tem sido o guia para estabelecer as bases da igualdade entre mulheres e homens.

"A igualdade de género exige que, numa sociedade, homens e mulheres gozem das mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as áreas”, disse, adiantando que a educação deve constituir o baluarte de formação da consciência cívica do cidadão e tem de ser baseada na igualdade. "É importante adoptar medidas adequadas para garantir a igualdade de acesso e de sucesso”, realçou.

Fonte: Jornal de Angola

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