Detido caçador que abatia elefantes no Parque de Luengue Luiana

 
Fiscais ambientais, em coordenação com efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA), destacados no Parque Nacional do Luengue-Luiana, no Cuando Cubango, detiveram, em flagrante delito, um caçador furtivo, de 50 anos, com enormes quantidades de carne seca e duas peças de marfim, presumindo-se que tenha abatido 13 búfalos e um elefante.

Em declarações, ontem, à imprensa, o administrador do Parque Nacional Luengue-Luiana, Miguel Savituma, explicou que o caçador furtivo foi detido na última quinta-feira e que, além da carne seca e do marfim, foram apreendidas 50 munições de PKM, duas armas de fogo do tipo AKM e PKM, uma carcaça de leão e um litro de gordura extraído do animal.

Segundo Miguel Savituma, o caçador furtivo, que se encontra detido na esquadra comunal do Luiana, aguarda pelos procedimentos para a busca de outras provas, até que seja apresentado ao Ministério Público, tendo confessado o crime de agressão ambiental, desde Abril do corrente ano.

Os animais abatidos, acrescentou, constam na lista de três espécies em vias de extinção em Angola, devido ao excesso de caça furtiva.

Miguel Savituma afirmou que o Estado angolano adoptou medidas que visam proteger o ambiente, equilíbrio ecológico e exploração racional dos recursos naturais, no quadro do desenvolvimento sustentável, punindo actos que põem em perigo ou lesem a biodiversidade, tendo defendido o reforço de efectivos para a fiscalização do parque.

O Parque Nacional do Luengue-Luiana, com 45.772 mil quilómetros quadrados, conta com um número reduzido de fiscais ambientais para garantir a segurança no local, que faz fronteira com os municípios de Mavinga, Dirico e as vizinhas repúblicas da Zâmbia e da Namíbia.

Os fiscais ambientais, esclareceu, têm sido apoiados por efectivos das FAA, pertencentes ao 1º Batalhão de Infantaria da 5ª Divisão Militar Sul.

Segundo Miguel Savituma, o Parque Nacional Luengue-Luiana tem vindo a registar o regresso de várias espécies que fugiram do seu habitat, devido à guerra civil que assolou o país no período após a Independência e que se estendeu até 2002.

Acrescentou que os animais, como búfalos, leões, elefantes, girafas, guelengues, zebras, entre outros antílopes, são os que têm merecido preferência dos caçadores furtivos.

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